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Sesapi estuda força-tarefa para zerar fila por cirurgia neurológica

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O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, declarou que a pasta estuda a realização de uma força-tarefa para zerar a fila de espera para procedimentos e cirurgias neurológicas no Piauí. Florentino Neto ressaltou que a situação do Estado já foi repassada ao ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Florentino Neto relatou, em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta segunda-feira (26), que já dialogou com o ministrou o repasse de R$ 4 milhões em recursos ao Estado para que seja possível a realização de uma força-tarefa. A previsão é de que com ela seja possível à realização de pelo menos 300 cirurgias neurológicas em regime de mutirão. 
 
“Estou propondo ao Ministério da Saúde recursos a serem transferidos para o Estado do Piauí para que possamos fazer uma grande força-tarefa, chamando inclusive os hospitais privados para que possam nos ajudar neste esforço de eliminar a fila para neurocirurgia”, disse o secretário. 

Investigação 

O Ministério Público investiga se há demora no atendimento de cirurgias e procedimentos neurológicos no Hospital Getúlio Vargas (HGV). Em decorrência dessa situação, uma longa fila de pacientes a espera desses procedimentos estaria se formando. A Justiça Federal denunciou a falta de médicos no hospital.
 
Somente no ano passado, o HGV informou que chegou a realizar 795 procedimentos neurológicos e  361 neurocirurgias, mas o número é considerado pouco devido à demanda, que surge porque o hospital é o único hospital público a entender em caráter de urgência esse tipo de serviço.  

O MPF e a Justiça Federal já entraram com uma ação contra o Estado do Piauí, a União, a Prefeitura de Teresina e a Empresa Brasileira de Serviço Hospitalares. O objetivo é aumentar o atendimento, não necessariamente somente no HGV. 

Sobre isso, Florentino Neto afirmou que já vem dialogando com o Ministério Público do Piauí, o MPF e a Justiça Federal para resolver o problema.

“Já tivemos várias audiências buscando uma conciliação. É bom relembrar que lá atrás quatro serviços foram credenciados para o procedimento de neurocirurgia no Piauí, mas três serviços pediram o descredenciamento, não estando mais habilitando, restando apenas o HGV realizando essas cirurgias porque ele é gerido pelo Governo do Estado, pela Secretaria de Saúde, e nós temos esse compromisso de prestar esse serviço à população”, disse o secretário.

“Preocupados com isso, nós conseguimos abrir um serviço de neurocirurgia em Parnaíba e, somente no ano passado, foram feitas 167 cirurgias. Também abrirmos um serviço em Floriano, onde foram feitas mais de 200 cirurgias. Mesmo com essa ampliação, o serviço de neurocirurgia executado pelo Governo do Estado e a manutenção do serviço no HGV, nós ainda temos uma fila por cirurgia”, acrescentou Florentino Neto.

O gestor também destacou que o Estado nomeou mais dois neurocirurgiões para ampliar o atendimento no HGV. “Mesmo sabendo que a obrigação é de todos, nós estamos buscando ampliar nossa capacidade de atendimento”, completou Florentino Neto.


Evangelina Rosa 

Uma telespectadora, identificada apenas como Célia, enviou uma pergunta ao Secretário de Saúde com relação à situação da Maternidade Dona Evangelina Rosa. Ela relatou que faz pré-natal na maternidade e ouviu diversos relatos de médicos sobre a falta de medicamento, de estrutura e de condições de trabalho, gerando preocupação as pacientes. 

Em resposta à telespectadora, o secretário destacou que a “Maternidade Evangelina Rosa está entre as cinco maiores do país e uma das maiores do Nordeste, e que tem gerado pautas positivas a nível nacional” como a do parto humanizado e o tratamento respeitoso às vítimas de violência sexual.  Isso acontece muito devido a forte atuação e excelente de trabalhos dos médicos que atendem no local.

“Mas, nós não podemos esconder que o Sistema Único de Saúde, e aqui e ali passamos por problemas. Recentemente, tivemos um problema em que alguns médicos pontuaram, inclusive de abastecimento. Eu não sou homem de fugir de problema. Houve um protesto sábado (24) pela manhã e sábado à tarde eu estive no hospital”.

 O secretário foi informado que pela direção da maternidade que o local estava funcionando dentro da normalidade. “Eu vistoriei todos os departamentos de almoxarifado, e a maternidade estava abastecida, mas em alguns itens estava abaixo do ponto de equilíbrio, do ponto que é desejável. Então, autorizei um compartilhamento de esforços com os demais hospitais da rede para que pudéssemos suprir as necessidades da maternidade”, complementou.

Florentino Neto ressaltou que irá se reunir, na tarde desta segunda (26), com alguns médicos obstetras da Maternidade, que protestaram no último sábado (24), para deliberar a situação “porque o bom resultado da Maternidade é feito com o esforço da Secretaria, da direção da Maternidade, e os que ali trabalham, como os médicos”. 

 

Carlienne Carpaso 
[email protected]
Com informações de Indira Gomes (TV Cidade Verde)

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