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Relatório aponta rombo de R$ 31,3 bilhões em fundo de Previdência da Prefeitura do Rio

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Foto: Divulgação 

Previ-Rio, órgão responsável por gerir o fundo de previdência do município do Rio, o Funprevi, recebeu, nos últimos dias, o relatório atuarial do fundo para os próximos anos. Feito por técnicos da Caixa Econômica Federal (CEF), o documento registrou um déficit atuarial de R$ 31.324.856.002,71 até 2045. Isso significa que, somadas todas as receitas previstas atualmente frente às despesas futuras, a Prefeitura do Rio terá que suprir um rombo de R$ 31,3 bilhões sobre a Previdência do funcionalismo.

Para integrantes do Previ-Rio, a situação é crítica. Tanto é que diversas medidas já foram colocadas em prática, estão em discussão na Câmara de Vereadores ou serão apresentadas nos próximos meses (veja o quadro abaixo). Na visão do presidente do Previ-Rio, Bruno Louro, o município precisa recuperar o tempo perdido.

— Queremos cumprir o que está previsto em diversos outros regimes. Somente o Rio de Janeiro não aplica o desconto sobre os inativos ou deixava de descontar o abono de permanência. No que diz respeito à Previdência, o que vemos é uma grande bagunça — disse Louro.

A respeito do relatório atuarial, que será publicado nos próximos dias no site do Previ-Rio, os técnicos informam que seria necessária uma contribuição extra sobre a folha dos ativos de 45,92%, ao mês, para que o fundo se tornasse saudável financeiramente.

— Se boa parte das medidas que propusermos não entregar em vigor, vamos enfrentar um déficit de R$ 277 milhões. Em dois anos, pode subir para R$ 2,5 bilhões. Por outro lado, se tudo for aprovado, vamos reduzir o déficit atuarial a R$ 17 bilhões de forma imediata — disse o presidente do Previ-Rio.

Especialista mostra preocupação com desequilíbrio

Docente aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atuário, Paulo Pereira Ferreira analisou os dados destacados no relatório atuarial encomendado pelo Previ-Rio. Para o especialista, a situação é preocupante caso o cenário atual não seja alterado.

— O desequilíbrio é muito elevado e o efetivo é ainda superior. Da forma que está hoje, com a limitação sobre as contratações, a tendência é que o número de inativos seja maior que o de ativos. Isso vai aumentando de forma exponencial ao longo dos anos — disse Ferreira.

Câmara e TCM-RJ devem ficar isentos de contribuição

Inserida no projeto que visa a taxar parte dos inativos, a contribuição patronal por parte da Câmara de Vereadores e do Tribunal de Contas do Município (TCM-RJ) deve ser retirada do projeto. Hoje, o Tesouro municipal é responsável por arcar com as despesas. A ideia de integrantes do governo é de que uma nova versão do projeto seja enviada à Câmara já nesta semana. O impasse atrapalhou, portanto, a intenção da base do governo de votar a proposta já na primeira semana de abril. A ideia, neste momento, é agilizar a avaliação das comissões assim que o novo texto for enviado.

 

Fonte. Extra

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