Juiz José Vidal e professora Adriana Ferro. Foto: Ascom TJ-PI

Uma pesquisa sobre causas da criminalidade apontou que a maioria dos condenados por roubos, em Teresina, são jovens que realizaram o delito entre as idades de 22 a 25 anos. Além disso, o levantamento mostra que esses apenados têm renda familiar de até 2 salários mínimos, que não completaram o ensino fundamental e que o consumo de álcool ou drogas foi determinante para o cometimento do crime.

O resultado da pesquisa feita pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário – GMF, do Tribunal de Justiça, a Vara de Execuções Penais de Teresina – VEP e o Instituto Camilo Filho – ICF aconteceu nessa segunda-feira (9) na Sala de Audiências da VEP.

As análises foram realizadas de maio a agosto de 2017, por estudantes de Direito do ICF, com 28 pessoas com processo de execução penal em tramitação na VEP de Teresina e que estavam em regime aberto ou livramento condicional.

De acordo com a pesquisa, a precariedade das relações familiares, baixa renda, experiências familiares ruins na infância, exemplo negativo dos pais e/ou cuidadores também foram relatos recorrentes entre os interlocutores.

Ainda conforme o levantamento a influência dos amigos, o ganhar dinheiro rápido e fácil, para ter acesso a bens que lhes eram inalcançáveis também determinaram a conduta de vários dos sujeitos.

A apresentação do resultado foi feita pelo juiz José Vidal de Freitas Filho, coordenador do GMF e juiz da VEP e pela professora Adriana Ferro, coordenadora do curso de Direito da Camilo Filho.

Segundo o juiz Vidal de Freitas, a realização da pesquisa teve o objetivo de colher dados para a embasar a atuação do estado e da sociedade civil na prevenção dos crimes, especialmente do crime de roubo, que tanto perturba a sociedade, constituindo-se em uma importante contribuição do poder judiciário para a adoção de políticas em prol da redução da violência e da criminalidade.

 

Lyza Freitas (Com informações da Ascom TJ-PI)
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