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Bebê internado com mordidas no HUT segue sem previsão de alta

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O bebê de um mês, que sofreu várias mordidas, continua internado no Hospital de Urgências de Teresina (HUT). Ontem (18) ele passou por uma cirurgia de limpeza para retirada dos tecidos necrosados, está consciente e orientado, mas segue sem previsão de alta. 

De acordo com o hospital, a cirurgia para o enxerto facial só poderá ser feita depois que o bebê fizer um tratamento medicamentoso, já que a região ainda está muito infectada e com bastante pus. Ele precisa estar recuperado para passar pelo procedimento, já perdeu toda a musculatura da boca até o queixo. 

O suspeito dos ataques, o pai da criança, identificado como Francisco, foi preso em flagrante e teve essa prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia. 

Polícia tem 10 dias para concluir o inquérito 

A coordenadora de Feminicídio, delegada Anamelka Cadena, titular da Delegacia da Mulher Sul, é a presidente do inquérito que investiga a tentativa de homicídio a um bebê recém-nascido e também as ameaças e agressões feitas à mãe, supostamente, pelo próprio pai. Ela terá dez dias para finalizar o inquérito. 

“Estamos aguardando as perícias já solicitadas, vamos fazer oitiva das pessoas que têm algum conhecimento do caso, embora tudo tenha acontecido na relação familiar, mas vamos no basear nas provas técnicas. É um lapso de dez dias, mas de forma preliminar já foram feitos muitos levantamentos bastante pertinentes e vamos sedimenta a dinâmica do que já foi explorado”, afirma a delegada. 

Anamelka Cadena disse não ter visto o bebê, mas aguarda o resultado das perícias e os laudos para acrescentar ao inquérito.  Sobre o silêncio da mãe, a delegada informou que é comum as mulheres que sofrem violência se calarem com medo que algo pior aconteça. 

“Inclusive gostaria de parabenizar o policial que atendeu a ocorrência porque ele teve todo esse cuidado de conversar e explorar esse assunto daquilo que ele estava observando in locu e que isso ocasionou a prisão em flagrante desse agressor. Porque tinha muito essa questão da ameaça que provocou esse silêncio dela a priori”, destacou.

Apesar de o acusado, identificado apenas como Francisco, ter negado as acusações, as provas são evidentes contra ele. A polícia informou também que ele seria usuário de drogas. 

 

Caroline Oliveira
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