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Pacientes denunciam demora de até 10 horas por atendimento em UPA

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Pacientes relatam demora de até 10 horas por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Renascença, na zona Sudeste de Teresina. Além da espera prolongada, os usuários do sistema público de Saúde também denunciam a falta de ambulâncias. 

"Estou esperando uma ambulância para me levar ao HUT desde às 15h . Me disseram que não posso sair da UPA pois perderia minha vaga lá no hospital", disse o paciente Raimundo Kennedy Oliveira. 

O auxiliar de lavanderia, Francisco Carvalho Santos, conta que chegou às 11h da manhã e à noite ainda não tinha conseguido atendimento. Alguns pacientes relatam ainda que tiveram que ir três vezes à UPA para conseguir atendimento.

"Cheguei às 11h da manhã com dores no corpo, já é noite e até agora não fui atendido. Havia 25 pessoas na minha frente e nunca sai desse número", desabafa Francisco Carvalho.

A demora por atendimento foi constatada pela TV Cidade Verde na noite desta quinta-feira (26). O agente de portaria, Valdimir da Silva, disse que estava em uma fila de espera com 60 pacientes. 

"Perguntei quantas pessoas tinham na minha frente e fui informado que eram 60. Não sei que organização é essa, pois quando olhei não havia nem 30 pessoas esperando", reclama Valdimir da Silva. 

 

Contratação de mais médicos

O diretor clínico da UPA do Renascença, Rogério Medeiros, explica que o paciente que busca atendimento é classificado de acordo com o risco. Ele reconhece que o número de médicos não é suficiente para atender a demanda, mas diz que a quantidade de profissionais de Saúde lotados na UPA está de acordo com portarias ministeriais. 

"Devido a sazonalidade de doenças como conjuntive e síndromes gripais, as pessoas estão procurando mais a UPA. Ninguém vai mandar paciente embora. Todas as pessoas, inclusive de outros municípios, são atendidos", explica Medeiros acrescentando que três clínicos gerais, dois pediatras e um ortopedista compõem a equipe médica da Unidade.

Rogério Medeiros acrescenta que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) avalia a contratação de mais médicos para atender a demanda.

 

Graciane Sousa
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