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Reunião discute venda da Nossa Caixa para Banco do Brasil

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O governador José Serra terá uma reunião daqui a pouco com o ministro Guido Mantega (Fazenda) para discutir a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. As negociações avançaram bastante nas últimas semanas e é possível que o negócio seja concluído nos próximos dias.

A reunião é mais um passo após a fusão de Itaú e Unibanco e depois que o governo editou medida provisória que permite aos bancos oficiais comprarem carteira de instituições em dificuldade.

Na última segunda-feira, Itaú e Unibanco anunciaram a fusão entre os bancos e criaram o maior banco do Hemisfério Sul. Segundo as duas instituições, o total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões --contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, e R$ 348,4 bilhões do Bradesco, de acordo com dados de junho do Banco Central.

Com a operação, o novo banco nasce com ganhos adicionais de R$ 7,9 bilhões em 2009.

Esse valor decorre de um benefício fiscal permitido na operação, que, na troca de ações, valoriza o Unibanco em 27% em relação ao valor de mercado na sexta-feira passada, além do aumento de capital (emissão de ações) que será feito para formar a nova empresa.

A MP 443 autoriza os bancos públicos brasileiros, a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a adquirirem participações em instituições financeiras no país sem passar por um processo de licitação.

Ou seja, a MP autoriza os bancos públicos brasileiros a estatizarem instituições financeiras brasileiras que estejam em dificuldades. A MP inclui todo tipo de instituição financeira: seguradoras, instituições previdenciárias, empresas de capitalização, etc. A MP também autoriza a Caixa Econômica Federal a comprar a participação acionária de construtoras em dificuldade.

O vice-presidente de finanças do Banco do Brasil, Aldo Luis Mendes, já havia dito que um dos efeitos imediatos da nova MP será facilitar a compra da Nossa Caixa.

Mendes negou, no entanto, que o banco queira comprar outros bancos além da Nossa Caixa e do BRB (Banco de Brasília), operações que já estão em análise.

O executivo afirmou que uma das dificuldades para a concretização da compra da Nossa Caixa é o fato de o governo do Estado de São Paulo não aceitar o pagamento em ações. Com a MP, o pagamento pode ser diretamente, em dinheiro, sem necessidade de emitir novas ações.
 
Fonte: Folha online
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