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Lucas Lima perde status de titular, mas meta de Roger é recuperar jogador

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César Greco/Ag. Palmeiras

LEANDRO MIRANDA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Após três jogos seguidos em que Lucas Lima começou como titular, teve rendimento muito apagado e acabou substituído por Hyoran, o técnico Roger Machado disse que sua tarefa era recuperar o futebol do camisa 20. No clássico contra o São Paulo, porém, Lucas foi para o banco e nem sequer foi opção para entrar durante a partida. A mensagem foi clara: o planejamento do treinador de fazer o meia voltar a brilhar segue inalterado, mas o status de titular que ele possuía não existe mais.

Hoje, os momentos de Moisés e Hyoran são superiores ao de Lucas Lima. O primeiro foi o titular na função de meia central contra o São Paulo e teve boa atuação; o segundo entrou aberto no segundo tempo, no lugar de Keno, e também jogou muito bem, dando a assistência para o gol de Dudu.

Quando Moisés sentiu cãibras e precisou sair, Roger optou pela entrada de Thiago Santos para dar mais solidez com um tripé de meio-campo, deixando Lucas na reserva até o final.

"Sobre o Lucas, salientei que a obrigação é nossa de recuperar o futebol de alto nível, a regularidade que a gente sabe que ele pode oferecer", disse Roger no sábado. "A partir desse momento, haverá alguns jogos em que ele sairá jogando, dependendo da característica do jogo, e outros momentos em que teremos alternativas, para que ele consiga naturalmente recobrar sua confiança e naturalidade. Um jogador desse nível não desaprende a jogar, e a gente confia em uma recuperação rápida dele".

A principal cobrança de Roger em relação a Lucas Lima tem sido no sentido de o meia recuar menos para buscar a bola e ser mais participativo na zona de definição, perto da área do adversário. É algo que o camisa 20 vinha tentando fazer, mas que vai contra seu jogo natural: no Santos, por exemplo, ele se sentia à vontade atuando perto dos volantes, iniciando a construção dos ataques e se movimentando por todo o campo. A chegada à frente nunca foi seu ponto forte.

No próprio início no Palmeiras, Roger tentou montar um sistema que favorecesse essa característica de Lucas. O time começou o ano em um 4-1-4-1 que permitia que o jogador atuasse mais recuado, encarando o jogo de frente. Desde a entrada de Bruno Henrique no lugar de Tchê Tchê em março, porém, a equipe passou a jogar no 4-2-3-1 e Roger começou a cobrar de Lucas Lima uma função diferente, por sentir que muitas vezes o time ficava com atletas demais atrás da jogada.

Lucas Lima perdeu "oficialmente" a titularidade só agora, mas esse posto já havia sido ameaçado várias outras vezes durante a temporada. O meia se manteve no time algumas vezes por causa de lesões de concorrentes: Guerra se machucou duas vezes em dois meses, e Moisés sofreu um estiramento na coxa com apenas oito minutos em campo quando saiu jogando no lugar do camisa 20 diante do Atlético-PR.

Apesar do momento ruim e das recentes atuações apagadas, que renderam até vaias da torcida no Allianz Parque, Lucas Lima tem bons números na temporada. Ele ainda é o líder de assistências do time em 2018, com oito passes para gol. O momento de maior destaque foi na vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors em La Bombonera, quando o atleta teve a entrega em campo elogiada e foi recompensado com um bonito gol por cobertura.

Agora, ele tenta recuperar o espaço perdido. Moisés, recém-recuperado de lesão, é o favorito para sair jogando contra o Grêmio na próxima quarta-feira (6), fora de casa, pelo Brasileirão.

 

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