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Israel critica cancelamento de jogo, e ministro diz que Argentina cedeu ao ódio

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, disse nesta quarta-feira (6) estar muito preocupado com o que considera a "politização" da seleção argentina, que na última terça-feira anunciou, via a federação local (AFA, na sigla em espanhol), o cancelamento do amistoso previsto para o próximo sábado, em Jerusalém, entre os dois países.

"É realmente uma manhã triste para os torcedores, incluindo alguns dos meus netos, mas há valores que são ainda maiores que Messi. A politização por parte da Argentina me preocupa muito", disse Rivlin, em comunicado enviado pelo seu gabinete.

"Mesmo nos momentos mais difíceis, fizemos todo o possível para deixar as considerações que não eram puramente esportivas fora do campo, e é uma pena que a equipe da Argentina não tenha conseguido desta vez", completou.

Mais cedo, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, foi ainda mais duro e disse que a Argentina cedeu aos que "pregam o ódio contra Israel" ao cancelar o amistoso.

"É lamentável que a elite do futebol argentino não tenha resistido às pressões dos que pregam o ódio contra Israel e que tem como único objetivo violar o direito fundamental de nos defendermos e destruir Israel", escreveu Lieberman no Twitter.

A embaixada de Israel em Buenos Aires anunciou na terça-feira a "suspensão" da partida pelas "ameaças e provocações" contra Lionel Messi, "que logicamente resultaram na solidariedade de seus colegas".

Pouco antes das declarações de Lieberman, o ministério israelense dos Esportes não descartou a possibilidade da partida a ser disputada.

"Esperamos uma decisão final. Ainda tenho uma esperança de que a decisão final pode ser diferente", declarou o diretor geral do ministério dos Esportes, Yossie Sharabi.

O jogo, previsto para sábado em Jerusalém, seria o último da preparação da Argentina para a Copa do Mundo da Rússia-2018. O país estreia no Mundial em 16 de junho contra a Islândia.

Nos últimos dias, os palestinos pediram a Messi que participasse na partida, que chamavam de ação política de Israel.

Na terça-feira, militantes palestinos se reuniram nas proximidades do local em que a seleção argentina treinava, em Barcelona, com um uniforme da equipe repleto de sangue. Eles gritaram para que os jogadores não disputassem a partida.

 

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