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Para buscar o hexa, Tite terá de quebrar tabu de vencer com galácticos

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Fotos: Lucas Figueiredo/CBF

SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA (FOLHAPRESS)

No maior desafio de sua carreira, no comando da seleção, Tite terá de quebrar um tabu pessoal para tentar levar o Brasil ao hexacampeonato.

O treinador nunca teve estrelas em campo nas conquistas dos títulos mais expressivos. Comandando astros, tropeços e desentendimentos ficaram marcados em sua história.

Com Neymar, Coutinho e Marcelo em campo, o Brasil entra em campo nesta sexta (22), em jogo contra a Costa Rica, em busca da primeira vitória na Copa do Mundo.

Nos títulos mais importante, como os dois Brasileiros pelo Corinthians, a Libertadores e o Mundial, Tite contou com times basicamente de operários, sem nenhum galáctico.

Na eliminação mais importante da vida de Adenor Leonardo Bachi, em 2011, para o Tolima (COL), que levou o Corinthians a ser o primeiro time brasileiro a cair fora em uma fase de pré-Libertadores, ele tinha na equipe nada menos do que os pentacampeões Roberto Carlos e Ronaldo, o Fenômeno.

Tite teve problemas com pelo menos quatros estrelas que comandou: Carlitos Tevez, D'Alessandro, Adriano e Alexandre Pato.

Em 2005, na sua primeira passagem pelo Corinthians, Tite foi mandado embora antes de completar um ano de contrato. O técnico foi demitido depois de uma derrota para o São Paulo, por 1 a 0, em que escolheu o lateral Coelho e não Tevez para bater um pênalti durante a partida.

O iraniano Kia Joorabchian, empresário do argentino e presidente da MSI, empresa que colocava dinheiro no clube na época, entrou no vestiário para cobrar satisfações.

Anos mais tarde, Tite assumiu o Internacional e tinha em seu time o argentino D'Alessandro. Nunca se deram bem, e, durante um jogo, em 2009, os dois só não se agrediram porque o goleiro Clemer e o zagueiro Índio impediram.

A relação ruim acabou levando também a demissão de Adenor, como admitiu o então diretor de futebol do time gaúcho, Fernando Carvalho.

Pós eliminação para o Tolima, Roberto Carlos e Ronaldo se despediram, em fevereiro de 2011, mas logo chegou outra estrela para o elenco de Tite, em março. Dessa vez, Adriano, o Imperador.

No segundo semestre daquele ano, em meio a sucessivos problemas de disciplina, os dois bateram boca e quase chegaram às vias de fato, aos gritos, após um treino.

Adriano marcou dois gols e participou só de oito jogos na passagem pelo clube.

Estava no banco de reservas quando o time conquistou o Brasileiro de 2011. Teve o contrato rescindido depois de 67 atrasos a treinamentos, em março de 2012.

O último conhecido desentendimento de Tite com um astro foi com Alexandre Pato. O próprio treinador se refere ao episódio como a mais marcante bronca dada em um atleta. Em outubro de 2013, na segunda partida das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, o jogador foi protagonista da eliminação do Corinthians após tentar uma cavadinha em Dida nas cobranças de pênaltis.

No vestiário, Tite chamou Pato de egoísta e disse: "Tu não é da vida. Tu tem que aprender a trabalhar em equipe, tu tem que deixar de ser egoísta. Tu tem que amadurecer e virar um homem".

O atacante acabou sendo emprestado para o São Paulo logo depois e não trabalharam mais juntos.

Agora, na seleção, Tite precisa encontrar um meio de fazer as estrelas -principalmente Neymar- jogarem pelo hexacampeonato. O primeiro desafio, contra a Suíça, terminou empatado. O segundo é nesta sexta (22), diante da Costa Rica, em São Petersburgo.

As brigas de Tite: Técnico tem histórico conflituoso com estrelas

 

D'Alessandro (2009)
No Inter, o argentino e o treinador quase tiveram um confronto físico em um jogo até serem separados por outros dois jogadores

Adriano (2011)
Indisciplinado, era cobrado por Tite, mas seguia dando problemas no Corinthians. Discutiram aos berros e por pouco não se agrediram

Alexandre Pato (2013)
Após perder um pênalti e eliminar o Corinthians da Copa do Brasil, Pato ouviu a mais inesquecível bronca da vida de Tite até então

Carlitos Tévez (2005)
Pivô da demissão de Tite do Corinthians, quando não foi escalado para um jogo e seu empresário, o iraniano Kia Joorabchian, reclamou

 

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