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Comerciantes do Saci reclamam da atuação da polícia na comemoração do jogo do Brasil

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Atualizada às 10h22

Alguns comerciantes do bairro Saci estão insatisfeitos com a atuação dos policiais no local nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo. Segundo um comerciante, que não quis se identificar, a atuação chega a ser “arbitrária”. A polícia afirma que está mantendo o acordo feito antes dos jogos, de permitir o som três horas após o término do jogo e destaca que não houve reclamação na partida de domingo. 

“Com a desculpa de defender a ordem, eles estão intimidando as pessoas e tirando o direito de comemorar. Desligando o som e acabando com a festa antes do horário previsto”, argumenta o comerciante, depois que os paredões de som foram retirados da avenida, no início da tarde, o público também foi embora. 

Ele disse que vai acionar o Ministério Público e que alguns comerciantes descontentes vão se reunir para buscarem uma solução. 

“Vou procurar o Ministério Público porque desligar um som às 14 horas é um absurdo e estamos extremamente revoltados. Eu comprei 30 fardos de cerveja e muito gelo e minha mercadoria está toda emperrada aqui. A polícia que deveria nos dar garantias e está é nos privando delas”, disse o morador e comerciante do local. 

A TV Cidade Verde esteve na avenida na tarde de ontem(22) e ouviu a reclamação de torcedores e de ambulantes que também se sentiram prejudicados com a ação da polícia.  

Versão da polícia

De acordo com o coordenador da operação de ontem no Centro Integrado de Segurança, instalado na praça do bairro Saci, major Chagas Neto, ele atendeu a uma determinação e alegou que o jogo aconteceu em um dia útil.

“O som se encerrou às 14h visando a sociedade, dando segurança para que não se estendesse até a noite. Até porque ainda é um dia atípico, já que ainda havia expediente em várias repartições e no comércio”, explicou o coordenador da operação.  

O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Edson Menezes, destacou que foram realizadas três reuniões antes dos jogos com a presença da Secretaria de Segurança, Associação de Moradores, representante dos comerciantes e ficou acordado que será permitido carros de som na avenida três horas após o término do jogo. 

“A gente acertou às três horas e no domingo, que tinha 10 mil pessoas, todo mundo vendeu bem, ninguém reclamou. Mas, ontem, que foi um horário diferenciado e foi pouca gente, eles estão reclamando. A questão era que todo mundo esperava mais gente, até nós que colocamos 150 policiais fomos surpreendidos”, argumentou o comandante do 6º BPM.

Ele ressalta que a determinação das três horas para paredões de som será mantida nos próximos jogos.  “Foi um acordo feito com todas as entidades e vamos mantê-la, até porque quem faz a festa no Saci não são os moradores de lá e sim de outros bairros, então vamos respeitar o acordo”, afirmou.

Um morador do Saci, de iniciais R.M., apoia a ação policial. "Esse pessoal que anda bebendo aqui no Saci fica bebendo, achando que ninguém mais trabalha. O som alto prejudica até os idosos doentes, como é o caso de minha vizinha que a família precisa fechar as janelas pra diminuir o som dentro de cara e sofrer com o calor", destacou.

O Centro Integrado de Segurança instalado na praça do Bairro Saci leva ao público um policiamento com suas várias modalidades somando cerca de 150 agentes de segurança que contam com apoio do monitoramento de 10 câmeras instaladas durante todo o perímetro de festa. 

 

Caroline Oliveira
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