Nesta quinta-feira (05) a pré-candidata a presidência da república pelo PSTU, a operária Vera Lúcia, concedeu entrevista ao Jornal do Piauí e falou sobre sua pré-campanha rumo ao planalto e citou alguns pontos de suas ideias.

Em um discurso forte, a pré-candidata afirmou que seu partido pretende convocar os trabalhadores a fim de que as classes mais baixas possam "derrubar" as classes de cima.

Vera criticou o atual sistema político e econômico do país e o sistema eleitoral. A pré-candidata exaltou os movimentos organizados e citou como exemplo as greves gerais e os protestos realizados no ano de 2017. Para a operária, as lutas não tiveram êxito devido a traição de líderes de alguns movimentos que politizaram as manifestações.

"A classe trabalhadora precisa governar diretamente. Nós queremos que o resultado da riqueza que nós produzimos, que é fruto do nosso trabalho seja pra atender as necessidades do conjunto da sociedade", disse Vera.

A operária afirmou durante a entrevista que a pré-candidatura tem o objetivo de despertar no eleitor a situação do sistema eleitoral. Além disso, em uma crítica ao governo Michel Temer (MDB), falou das recentes privatizações planejadas pelo presidente e propões reestatizar empresas que tenham sido vendidas para o capital internacional.

"Nós defendemos que todas as empresas que foram privatizadas sejam reestatizadas e colocas sob controle dos trabalhadores, mas também defendemos que hoje 40% do orçamento da União, que vai pros cofres de 4 bancos, não sejam pagos, porque precisamos garantir moradia, saúde, educação, transporte e saneamento básico, que a classe trabalhadora desse país não tem", disse a pré-candidata.

O PSTU irá lançar oficialmente a pré-candidatura de Vera Lúcia em Teresina em ato na noite desta quinta juntamente com a pré-candidata a governadora pelo partido Luciane Santos. No evento também será lançado um manifesto para convocar a classe trabalhadora, que será o mote de campanha.

 

Rodrigo Antunes
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