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Seringas e agulhas não devem ser descartadas no lixo comum

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O descarte inadequado de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) no lixo comum pode trazer consequências graves para a saúde de quem trabalha diretamente com a coleta do lixo urbano, como os lixeiros e catadores. O risco é maior quando se considera que, além dos hospitais, outros estabelecimentos podem ser fontes geradoras deste tipo de resíduo, tais como os estúdios de tatuagem, distribuidores de produtos farmacêuticos, clínicas de acupuntura. Até mesmo um ambiente doméstico pode gerar lixo que não deve ser considerado comum, como as agulhas e seringas.

Muitos portadores de diabetes fazem o uso de medicamentos injetáveis e monitoramento da glicemia em casa, gerando resíduos perfurocortantes, biológicos e químicos, que não devem ser descartados nos sacos de lixo comum. Uma alternativa seria armazenar em embalagens rígidas, como por exemplo, garrafas pets e levar ao Posto de Saúde do seu bairro, para a devida destinação. A legislação para o manejo de agulhas e seringas em domicilio, é a mesma da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), dos estabelecimentos de atendimento à saúde humana e animal. Cabe ao Poder Executivo Municipal gerar condições de fiscalização e disciplinar o recolhimento destes materiais.

É necessário que os estabelecimentos também fiquem atentos na hora da coleta interna e externa de seus resíduos de serviços de saúde. Muitas empresas acabam deixando que seus detritos sejam coletados pelos caminhões tradicionais da companhia de lixo urbano junto ao lixo comum. Para o consultor em tratamento de resíduos, Felipe Melo, o ideal é que os estabelecimentos contratem um serviço especial de coleta destinado a estes tipos de resíduo, evitando que eles sejam descartados como lixo comum e acabem prejudicando a saúde de trabalhadores, que estão sujeitos à contaminação por doenças como a hepatite e AIDS. “É corriqueiro encontrar seringas e agulhas descartadas como lixo comum, quando na verdade devem ser tratados como lixo hospitalar. Isto é um perigo para a saúde pública. Coletores de lixo e catadores de aterros sanitários, por exemplo, podem se ferir com algum objeto perfurocortantes. Um inimigo invisível e silencioso”, alerta.

Ao optar pela contratação de um serviço de coleta específico para tratamento dos RSS, estabelecimentos estão contribuindo para a proteção do meio ambiente e saúde da população, pois são tratados por meio de tecnologia homologadas pela Anvisa. Uma delas é o processo esterilização por autoclave licenciado especificamente para resíduos de saúde por órgão ambiental, que consiste na aplicação de vapor de água sob pressão, garantindo condições de alta temperatura e tempo de exposição que inativam os micro-organismos presentes. Esta tecnologia é destinada ao tratamento de resíduos que apresentam risco biológico, como sangue, secreção, material curativo, etc. (Grupo A) e perfurocortantes (GRUPO E).  

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