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Vídeo mostra falta de água no Hospital Infantil em Teresina

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No Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, a falta de água e energia elétrica são problemas que podem estar colocando em risco o atendimento às crianças internadas no local. Profissionais de enfermagem e familiares estão fazendo denúncias sobre a situação. Um vídeo foi gravado nesta quinta-feira (12) por uma enfermeira mostrando a falta de água nas torneiras e até para beber, assim também como mostra não haver material para higienização.

Alguns profissionais como enfermeiros, técnicos e auxiliares dizem que a situação é tão grave que eles pretendem entrar em greve por tempo indeterminado. A direção do hospital garante que são problemas pontuais ocasionados pela troca da rede elétrica que está sendo feita para melhorar a estrutura do local.

De acordo com Genival Sousa, o seu neto está internado no hospital com pneumonia e quase veio a óbito hoje, porque precisa de procedimentos que necessitam de energia. “Ele quase morreu porque faltou o principal, não tem condição de uma fisioterapeuta chegar e aspirar o menino com aspirador portátil”, denunciou.

Ednaldo Bezerra, conselheiro do Sindicato de Enfermeiros e Técnicos, afirma que já notificou os órgãos competenetes e fez inúmeras denúncias no Ministério Público.

Segundo o diretor do Hospital, Vinicius Pontes, os problemas são pontuais e não são antigos. Ele garante que a segurança das crianças internadas está sendo resguardada em primeiro lugar e que não há registro em prontuários de que nenhuma tem sofrido risco por causa das interrupções. 

Vinícius Pontes explica que os problemas estão acontecendo porque a rede hidráulica e elétrica está sendo trocada por uma nova e precisa ser desligada em alguns momentos para que o procedimento seja feito. Por esse motivo, a bomba de água, que precisa de energia elétrica para funcionar, acabou ficando desligada pela eventual falta de energia, o que ocasionou a falta de água pontual, de acordo com o diretor.

“Sexta-feira teve um sobreaquecimento da rede que é subdimensionada pelo tempo que tem e desde sexta que está sendo realizada a troca dessa rede. Então para fazer o planejamento você tem que desligar a rede várias vezes. O sobreaquecimento leva a um risco de queimar um equipamento, por isso que o centro cirúrgico, por segurança das crianças, foi interrompido, realizando só cirurgias de emergência", afirmou.

Vincícius acrescentou: “Salta aos olhos e a gente vê alguns funcionários que não entendem ou não conversam ou sabem o que está acontecendo no hospital, porque o hospital nunca se negou a prestar informação”.

Além disso, o diretor disse que foi liberado R$ 50 mil para o Hospital, para que seja investido na parte elétrica.

Lyza Freitas
[email protected]

 

 

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