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Da prisão, Lula veta definição de vice da chapa do PT

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Em reunião de duas horas na tarde desta sexta-feira dentro de sua cela na Superintendência da Polícia Federal do Paraná com lideranças do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou completamente o plano traçado pelo partido para escolha da chapa para a disputa da eleição presidencial. Orientado por advogados, os dirigentes petistas estavam convencidos de que a legenda precisaria indicar, em seu encontro nacional que será realizado hoje em São Paulo, o nome de um vice. A presidenciável do PCdoB, Manuela d´Ávila, era o nome com maior adesão entre os dirigentes petistas para ficar com o posto. Mas após a conversa com o ex-presidente, o comando do PT passou a adotar o discurso de que a indicação pode ser feita até o dia 15, data final para registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por volta das 14h, a presidente da legenda, Glesi Hoffmann, o ex-prefeito Fernando Haddad, o tesoureiro Emídio de Souza e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh deixaram apressadamente a reunião do diretório nacional da sigla que acontecia num hotel no centro de São Paulo e seguiram para o Aeroporto de Congonhas, onde embarcaram em um jato particular para Curitiba. Pouco antes, em conversa com jornalistas, Gleisi havia afirmado que o vice seria escolhido hoje.

Quando deixou a sede da PF no começo da noite, Gleisi informou que ainda não foi definido o nome do vice que irá compor a chapa presidencial do partido. Ela, no entanto, disse que a decisão pode ser "amadurecida" durante a convenção da legenda, que acontece neste sábado.

— Vamos manter a estratégia e decidir vice e coligações no dia 14 — disse ela, negando que tenha sido acertado como vice a ex-deputada federal Manuela D´Ávilla, pré-candidata presidencial pelo PCdoB.

— Não tem nada fechado. Não temos essa definição. Nem o Lula tem. O presidente está aberto a todas as discussões de composição de chapa. Como a gente tem essa possibilidade de encaminhar mais pra frente essa discussão para poder trazer outros partidos para a coligação, eu acho que a gente tem que fazer essa discussão quando a gente tiver clareza disso. Mas obviamente que temos muita simpatia pela Manuela.

Gleisi disse, no entanto, que mantém as negociações com o partido de Manuela para formar uma aliança.

— Queremos muito que o PCdoB esteja junto conosco".

A presidente do PT defendeu que a escolha do vice até dia 14 respeita as regras eleitorais.

— Nós vamos seguir a regra que sempre se seguiu na justiça eleitoral. Vamos fazer nossa convenção, se tivermos amadurecidos até amanhã (sábado) ou até domingo de definir uma candidatura a vice e tivermos condições de composição, vamos fazer. Se não tivermos, vamos usar o que já usamos em outras eleições e delegar a nossa comissão executiva para definir a candidatura a vice é coligações na véspera da inscrição do presidente Lula.

Fonte: O Globo

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