A abordagem da Polícia Militar, feita com alguns efetivos encapuzados em um centro de Hip Hop na zona Sul deTeresina, ainda está gerando polêmica. Nesta sexta-feira (10), uma das coordenadoras do movimento Hip Hop, Bebel Martins, criticou, - assim como todo o segmento do Hip Hop na capital - a ação da polícia, que considerou como truculenta e desrespeitosa.

Por volta das 21h da última quarta-feira, cerca de 10 policiais militares, pelo menos três encapuzados, entraram na Casa Hip Hop, no Parque Piauí, e fizeram uma abordagem, supostamente a procura de drogas e armas, com o argumento de que teriam recebido uma denúncia anônima. 

“A questão não é o trabalho da polícia. A gente não tem nada contra o trabalho da polícia. A gente quer que a polícia faça o trabalho dela, mas como um mínimo de respeito e cidadania com todos igualmente”, lamentou a coordenadora.

Ela acrescentou, em entrevista ao Jornal do Piauí de hoje, que os policiais não encontraram nada e repudiou a atitude de policiais. De acordo com ela, policiais agiram desrespeitando os cidadãos no local. 

“Não sei se eles dizem que encontraram alguma coisa, mas a gente tem vídeos deles dizendo que não encontraram, que era para coisa seguir. E a questão maior pra gente que pega é o tipo de abordagem, como acontece. Inclusive tinha moça com crachá do Sesc trabalhando, que estava atendendo telefone da mãe e ele disse que se ela quisesse falar com a mãe, ela tinha que estar em casa, como se a gente fosse um bando de desocupados, sem ter nada para fazer, observou.

Veja um vídeo publicado nas redes sociais que mostra parte da abordagem:

Lyza Freitas
[email protected]