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Sítio de luxo funcionava como central de distribuição de drogas em Teresina

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  • b4df0c66-3aac-4fca-918b-826dad5ff4ce.jpg Delegado Walter Pereira
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  • aadf141f-6564-4249-a0df-5fa1e967c11f.jpg Delegado Lucci Keiko
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  • 4e694d92-9692-4f12-851e-3a417f8b58f1.jpg Delegado Cadena Junior
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Atualizada às 11h

O sítio avaliado em quase R$ 1 milhão, na zona rural de Timon, funcionava como uma distribuição de drogas. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, a droga vinha de Pernambuco para Timon (MA) e depois era distribuída para Teresina. A droga fcomercializada pela organização criminosa, que usava o sitio como ponto de armazenamento, era maconha. 

desarticulação dessa quadrilha ocorreu durante a Operação Entre Rios, deflagrada nesta terça(14), e já prendeu dez pessoas suspeitas de envolvimento com tráfico interestadual, entre eles, o suposto dono do sítio e suspeito de ser líder da quadrilha, o empresário Carlos Roberto dos Santos, vulgo Baixinho.

Zanatta relatou que a investigação durou cerca de quatro meses e a demora se deu devido a difícil localização do sítio, “por estar em uma área de pouca movimentação de pessoas”, na zona rural de Timon. 

O delegado avaliou o “sítio era bem estruturado e organizado. Um sítio de luxo”. 

Outro sítio também foi localizado pela polícia e havia plantio de melancia, mas não foi localizado drogas no local. Este seria o utilizado pelo suspeito de ser líder da quadrilha, Carlos Roberto, para produzir a fruta, já que além de uma loja de autopeças, ele também era conhecido por ser produtor rural.  

Das dez prisões, até o momento, cinco foram em flagrantes e cinco com mandados de prisão.

Para o coordenador da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes, delegado Cadena Júnior, os traficantes usam sítios, afastados na zona rural, para tentar atrapalhar a investigação. 

“Essa é uma forma de ludibriar o trabalho da polícia, de enterrar a droga, de armazenar em sítios, mas acontece que o trabalho de inteligência e a investigação da Secretaria de Segurança, da Polícia, é muito eficiente, e também contamos com o apoio do Canil da Polícia Rodoviária Federal”.

Esquema

Zanatta explicou o organograma da quadrilha que foi divulgada pela polícia. Segundo o delegado, Carlos Roberto era o chefe da organização criminosa, e Dalton era o seu “braço direito”. Maurino, Manoel e Airton ficavam no sítio. Já o José e Davi eram responsáveis pela venda. E Sebastião, Fabrício e Daniela realizavam a guarda dos entorpecentes. 

“O cabeça de toda essa organização criminosa era o Carlos. Ele foi preso em flagrante com o Dalton, ambos estavam em um veículo com 20 kg em um compartimento secreto”, comentou Zanatta. 

Também será investigado se os seus empreendimentos de Carlos eram usados para a lavagem de dinheiro. 

Zanatta acredita que ele movimentou uma quantia considerada em dinheiro porque Carlos Roberto tinha uma vida de luxo e, quando ele foi preso em 2006, não havia todo esse montante em dinheiro. Ele já tinha passagem por tráfico de entorpecentes. 

A Depre tem o prazo de 30 dias para finalizar o inquérito policial.

Droga em outro sítio

Em menos de 24 horas da Operação Entre Rios, um segundo sítio foi localizado como drogas. Dessa vez, em Teresina, na região da Usina Santana. 

A Depre identificou que as drogas (maconha e crack) pertencem a José Terto, que foi preso hoje durante a operação em Teresina. 

O delegado Marcelo Dias disse ao Cidadeverde.com que no momento da prisão o suspeito não foi encontrado com drogas, mas uma denúncia anônima indicou que as drogas estavam escondidas em um terreno ao lado.

"Recebemos a informação de que em um terreno ao lado casa do Terto havia uma quantidade de droga. Fomos com a equipe e localizamos. Ele foi preso durante a operação Entre Rios hoje pela manhã. A casa é em um sitio, a droga estava em um matagal, 'uma unha de gato', não estava enterrada, e sim escondida de maneira bem dificil de localizar". A companheira de Terto foi conduzida a sede da Depre para prestar esclarecimentos. 

O coordenador da Depre, delegado Cadena Júnior, informou que em 24 horas da Operação Entre Rios 10 pessoas foram presas e 11 foram conduzidos.  A Entre Rios integra a Operação Piauí Seguro. 

Com relação a Operação Piauí Seguro, o delegado Lucy Keiko relatou que seis pessoas foram presas em cumprimento de mandado de prisão preventiva pelos crimes de homicídio, roubo e estupro. 

“A Operação Piauí Seguro é uma determinação da Secretaria de Segurança, e está sendo realizada pela Polícia Civil e Militar, e ontem tivemos o apoio da Polícia de Timon. Ontem nós tivemos seis prisões e, juntando com a da Depre, contabilizamos 16 prisões. A operação continua e mais pessoas podem ser presas”, diz Lucy Keiko. 


Carlienne Carpaso
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