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Municípios piauienses com moedas próprias terão operações de crédito

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Os bancos comunitários estão ganhando força no Piauí e no Brasil: cocais em São João do Arraial, marruás em Porto, opala em Pedro II e longás em Esperantina são cédulas de moedas dos respectivos municípios piauienses, do Território dos Cocais, que implantaram bancos populares, e agora são parceiras em operações de crédito da Agência Piauí Fomento.

Em entrevista ao Piauí que Trabalha, o economista Ednardo Brito explicou que “os bancos comunitários se transformaram em uma oportunidade de levar esse crédito ao povo do Piauí. De que forma? Nós fizemos um grande acordo dentro de um programa do Estado capitaneado pela Secretaria de Planejamento e, assim, levar o nosso banco a se integrar aos bancos comunitários”.

Essa foi uma oportunidade encontradapara ampliar o desenvolvimento econômico do Estado e, com isso, também facilitar o acesso ao crédito.

Na prática, essa parceria “leva toda a fase da operação de crédito para o banco comunitário, aqui (Agência de Fomento) fica a análise de risco, análise de contratação, e a liberação do crédito se for o caso”, ressalta Ednardo Brito.   

Até o momento apenas quatro municípios possuem bancos comunitário. “Estamos pensando em aumentar a nossa presença no Estado, e que outros municípios virão. A gente sonha em levar o crédito a todas as pessoas que precisam. Inicialmente, nós estávamos levando o microcrédito à pessoa física e ao microempreendedor individual. Isso é a primeira porta. Na sequencia, nós levaríamos o restante das linhas”, acrescenta o economista.

Brito cita, por exemplo, a “bacia leiteira”, que é uma linha de crédito interessante para o interior, e a linha de crédito “energia solar”, “que é fundamental, moderna e especial, e que será necessária no Piauí como um tudo, ainda mais nesta dificuldade de chuva, e deixar a água para a agricultura e alimentação”, ressalta.

As moedas dos municípios dinamizam as economias locais. A experiência já existe no Piauí e em vários estados brasileiros.
 
“A ideia do banco comunitário não é uma ideia estatal, de um partido de governo, ela parte da sociedade e, ao partir da sociedade, o que nós vemos é uma grande adesão, que começou no Ceará e já são 113 municípios no Brasil vivenciando esta oportunidade dentro da mesma filosofia, da mesma metodologia de trabalho. A vantagem no Piauí é poder associar à agência de fomento a esse momento vivido em cada um desses municípios”.

No Piauí, no Território dos Cocais, os municípios começam em Porto junto ao Rio Parnaíba, passando por Esperantina, São João do Arraial indo até Pedro II.

“Esse é um momento em que o banco comunitário levou a essa oportunidade de segurar recursos no município”, reforça Brito, acrescentando que muitas pessoas saíam dos municípios para receber salários e benefícios em outros. Ao receber o montante, comprava e pagava contas nos municípios em que recebia o dinheiro, o que “impedia” uma melhor movimentação financeira dos municípios de origem. Logo, a criação das moedas locais foi uma oportunidade encontrada para manter o dinheiro circulando no Território dos Cocais.

 

Carlienne Carpaso
Com informações da TV Cidade Verde 
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