A repercussão de mensagens no Twitter envolvendo o candidato à reeleição ao governo do Piauí, Wellington Dias (PT), fez com que os adversários acionassem a Justiça Eleitoral para investigar o caso. O governador estava nos Trending Topics (TTs) - os assuntos mais comentados do microblog na rede social – após internautas acusarem uma agência de supostamente pagar pessoas para divulgar ações positivas de gestores do Partido dos Trabalhadores na rede social. 

A Coligação “Piauí de Verdade” entrou neste domingo (26) com uma representação por propaganda irregular feita pela Coligação “A Vitória com a Força do Povo” e o governador Wellington Dias. A representação visa apurar as ilegalidades de um esquema de propaganda mediante o pagamento de influenciadores digitais para elogiarem a gestão do governador nas redes sociais.

O advogado Carlos Yuri, da coligação encabeçada pelo candidato ao governo Luciano Nunes (PSDB), explicou que “após ser tornado público um esquema ilegal de propaganda mediante o pagamento de influenciadores digitais, a Coligação “Piauí de Verdade” interpôs essa representação visando apurar as ilegalidades e a aplicação de multa ao governador”.

Segundo o advogado, foi verificado que houve a contratação de uma agência para impulsionar notícias positivas sobre Wellington Dias, no entanto, o pagamento desse impulsionamento é ilegal. “Considerando que a lei somente permite o impulsionamento, e que a usuária do twitter chamada Paula Holanda mostrou conversas de whatsapp com confirmação de que houve contratação, a propaganda é manifestamente ilegal", pontuou o advogado.

 A coligação irá entrar, ainda, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para verificar o suposto abuso de poder. "A contratação da empresa se deu de forma obscura, os valores não estão declarados na prestação de contas e não se sabe quanto custou essa compra de apoio pelo twitter", enfatizou Carlos Yuri.

Da Redação
[email protected]