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Tropa de choque controla rebelião no CEM e educador mantido refém é liberado

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Atualizada às 19h20

A rebelião no Centro Educacional Masculino (CEM) foi controlada por volta das 18h20 desta quarta-feira (29). 

A tenente-coronel Júlia Beatriz, do gerenciamento de crise da Polícia Militar, informou que o educador que foi mantido refém por 3 horas passa bem. Ela garantiu também a integridade física dos internos, que foram colocados no pátio até o final da vistoria das celas. Por volta das 17h40, policiais da tropa de choque e do Bope entraram no Centro.  

Um micro ônibus do governo do Estado entrou por volta das 19h no CEM e a coronel Júlia Beatriz confirmou que alguns internos serão retirados do local. 

“A gente ainda não sabe quantos vão precisar ser retirados, mas por causa dos danos nas celas e nas instalações, não têm condição de permanecerem aqui”, informou. 

De acordo com Júlia Beatriz, o motivo alegado pelos internos para a rebelião foi em virtude de sentenças já terem sido cumpridas pelos internos, no entanto, alguns ainda continuam cumprindo medida sócio-educativa no local.

O Cidadeverde.com apurou que um segundo educador - que não estava como refém - foi atingido com uma pedrada na cabeça e teve que ser levado ao hospital.

“Foi tudo resolvido dentro da normalidade. O refém está sem ferimento e nenhum interno está machucado. Eles reivindicaram melhorias internas e que as sentenças sejam revistas. Por exemplo, tem alguns que alegam que já estão com as sentenças vencidas, que já são maiores”, esclareceu a coronel Júlia Beatriz. 

Ela acrescentou que foi prometido pela juíza aos internos que as sentenças de todos os internos envolvidos na rebelião serão analisadas. “A partir de amanhã será feito um mutirão para analisar cada processo e dar a garantia que eles têm, se algum estiver nessa situação”. 

A coronel informou também que os internos estão sentados no pátio esperando que seja concluída uma vistoria tanto nos adolescentes e nas instalações físicas, para que possam ser levados de voltas às celas. “Se for detectada a necessidade, eles serão transferidos”, disse. 

Os internos queimaram pelo menos uma cela, móveis e colchões e estavam utilizando espetos e barras de ferro.

Rebelião iniciou por volta das 15h30

Os adolescentes iniciaram a rebelião por volta das 15h30. Ninguém sabia ainda a reivindicação dos menores e o que levou o motim. Um sócio-educador foi feito de refém. 

Vídeos circularam na rede social mostrando muita fumaça preta saindo de dentro do CEM. Equipes do Corpo de Bombeiros e policiais do Bope foram ao local. Alguns internos encapuzados com camisas circularam em cima do telhado. 

Uma viatura do Corpo de Bombeiros tentou adentrar o Centro no começo da rebelião, mas por precaução, conforme informou a polícia, o caminhão foi retirado porque os internos estavam jogando pedras na viatura. Vários gritos foram ouvidos dentro do prédio.

A diretora do CEM, Sheyla Rodrigues, acionou representantes do Direitos Humanos para negociar com os adolescentes. Atualmente existem 130 menores no Centro, quando a capacidade é para 110.

A nova gestão vem adotando uma série de medidas socioeducativas dentro do CEM desde o início do ano. Nos últimos dias, novas regras foram adotadas. A direção crê que pode estar havendo um boicote contra as novas medidas.

Os intertos atearam fogo em colchões. A tenente-coronel da PM Elza Rodrigues, superior do dia no CEM, informou que a rebelião começou por volta das 15h30 com cerca de 50 internos envolvidos e que eles pediram o comparecimento da juíza para negociar. 

A coronel Júlia Beatriz, do gerenciamento de crise da PM, esteve dentro do CEM em negociação com os menores. 

Elza Rodrigues garantiu que a polícia falou com o refém e que ele está bem, mas não informou o nome do educador. A tenente-coronel também informou que eles estavam muito agitados e portavam armas brancas como barras de ferro. 

“Não se sabe ainda a motivação. Eles pediram que a juíza venha ao local para falar com eles. O refém  está bem e a nossa meta é a preservação de vidas”, comentou.

Nervosa, a mãe de um interno que está há cerca de um ano no CEM, Naiana Fernandes, falou que não sabe se o filho está envolvido na rebelião. Ela conta que ele nunca havia reclamado do local. 

“Eu visito ele toda semana e até onde eu sei ele estava bem. Agora eu quero saber se ele está envolvido, se está bem, porque não dizem quem está participando da rebelião. Para mim, ele nunca tinha reclamado de nada”, falou emocianada Naiana.

Flash Yala Sena e Lyza Freitas
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