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Gilmar Mendes diz que não há impedimento a Bolsonaro

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Foto: STF

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), criticou na tarde desta quarta (29) o "assanhamento" de setores da imprensa de querer levantar polêmicas que não estão na legislação. A crítica veio após jornalistas perguntarem sobre a situação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que é réu em uma ação penal acusado de incitar o crime de estupro.

Para Gilmar, a especulação em torno do caso de Bolsonaro é devaneio, e gera uma judicialização excessiva da política, que, por sua vez, favorece os políticos porque faz com que eles pareçam vítimas -como, na opinião do ministro, acontece com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Acho que vocês [jornalistas] estão muito assanhados com essa coisa de querer que juiz defina questões que passam pelo processo democrático. O que a Constituição diz é: o presidente da República não poderá, depois de recebida a denúncia [com autorização da Câmara dos Deputados], continuar no cargo. Só isso. Quer dizer, qualquer outra situação começa por um devaneio", disse Gilmar.

"Vamos judicializando isso tudo, vocês vão entregar o poder a quem? Quem é que vai governar, quem é que passa sem um processo na administração, com toda essa 'palpitologia' que está aí?", indagou o ministro.

"Vamos respeitar um pouco as coisas como elas são", disse, referindo-se novamente ao caso de Bolsonaro. "Vamos pegar o que o texto constitucional diz, fora daí não há impedimento. Nós já produzimos esse desastre que aí está, ou as pessoas não percebem que nós contribuímos para a vitimização do Lula?", disse, citando o crescimento do petista nas pesquisas de intenção de voto.

"Esse assanhamento que está se produzindo dá esse tipo de resultado. As pessoas reagem, mas reagem contrariamente. Vocês não estão conseguindo fazer com que as pessoas não sejam votadas. Vocês só estão conseguindo que as pessoas sejam mais votadas."

 

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