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Debate TV Cidade Verde: Segurança e “politicagem” dominam o primeiro bloco

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O tema da Segurança Pública prevaleceu no primeiro bloco do Debate TV Cidade Verde realizada entre os candidatos ao Governo do Piauí, nesta segunda-feira (03). O combate à troca de favores políticos por cargos públicos foi outro tema que denominou entre as perguntas e respostas dos candidatos. 

Os candidatos Luciano Nunes (PSDB), Dr. Pessoa (Solidariedade) e Fábio Sérvio (PSL) atacaram a falta de efetivo policial, a estrutura das delegacias e a ausência de equipamentos. 

“Nós temos hoje um caos estabelecido na Segurança Pública. Temos menos da metade de policiais civis, policiais militares e bombeiros. Temos também deficiência de agentes penitenciários, que teve concurso e não foram convocados. Delegacias com estrutura precária, sem funcionamento; faltam viaturas, temos policiais empurrando viaturas por falta de combustível”, citou Luciano Nunes (PSDB). 

Luciano defendeu que para mudar essa realidade é preciso investir em educação, e também reestruturar a Segurança Pública com concursos públicos e melhorias na estrutura.  Uma das propostas de Luciano é a volta do Ronda Cidadão: “é a polícia dentro da comunidade para evitar o crime”.

Valter Alencar rebateu Luciano e disse que irá sair da teoria do discurso e fazer na prática: “Fazer concurso é óbvio, eu vou colocar delegacias nas microrregiões”. Os candidatos ressaltaram que os policiais precisam estar capacitados e ter equipamentos para combater a violência.

Já o Fábio Sérvio (PSL) comentou que “a violência é uma epidemia que tomou de conta do Piauí por falta de prioridade na segurança pelo Governo do Estado. É possível combater a corrupção alterando o quadro político do Piauí”, disse Sérvio, comentando que medidas paliativas não resolverão o problema da violência.  

Fábio declarou ainda apoio ao avanço da iniciativa privada para geração de mais empregos, reduzindo a burocracia. Ele disse que o problema de violência está atrelado a “corrupção”.  

Dr. Pessoa complementou a fala de Fábio afirmando que as dificuldades existem, “os corruptos existem" “e o dinheiro não chega para as políticas públicas para combater a violência”.  “Não podemos falar em saúde sem falar em saneamento, que não tem não é por falta de dinheiro. Precisa de uma investigação mais profunda porque está cheio de ‘maracutaia’”. 

Nas outras rodadas de pergunta, Wellington Dias (PT), Elmano Férrer (Podemos) e Dr. Pessoa (Solidariedade) discutiram sobre administração e infraestrutura. 

Wellington Dias (PT) defendeu que todas as áreas da infraestrutura são importantes, e ressaltou a Comunicação em campanhas de conscientização sobre vacinas, enchentes, queimadas, por exemplo. Dias falou da ampliação da fibra ótica para melhorar a transmissão de dados e o uso da internet no Piauí.

Em contrapartida, Dr. Pessoa disse que não iria priorizar a comunicação e irá focar na economia, no descaso com a energia, a internet, a luz, a falta de saúde e o saneamento básico. 

Já o Valter Alencar aproveitou alguns momentos de pergunta para defender o seu projeto: “mudarem essa trajetória triste, reduzir as secretarias, trarei menos Estado e a prioridade é você. Não há administração para o povo, mas para os políticos. Vou fazer uma maquina enxuta, enxugar as secretarias que não seja política”.

Em suas respostas no debate, Wellington Dias afirmou que focará no desenvolvimento de territórios, não só no âmbito econômico, mas também social para reduzir as desigualdades entre ricos e pobres. Ele declarou que busca investimentos nessas áreas reduzindo a carga tributária para todos.  Atacados em muitos momentos, Dias aproveitou alguns momentos para defender a “sua imagem pessoal”. 

A candidata Sueli Rodrigues (Psol) rebateu Wellington declarando que o projeto de desenvolvimento do atual governo valoriza o agronegócio, a isenção fiscal para grandes empresários e nenhum incentivo para os pequenos. "O empresário que vem para cá recebe de bandeja: terra muito barata, licencioamento ambiental facilitado e incentivo fiscal. Retira a terra dos pequenos. Se continuar a gente amplia o agravamento social em que vivemos".


Carlienne Carpaso
[email protected] 

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