Foto: Thiago Amaral

No terceiro bloco do debate da TV Cidade Verde, que aconteceu nesta segunda-feira (3), os temas de destaque giraram em torno da subconcessão da Agespisa e de políticas de desenvolvimento econômico para inibir o desemprego no Piauí. Outros temas relevantes foram a instalação de empresas para geração de renda, a terceirização das atividades fim e meio para os trabalhadores e projetos para a juventude, de inclusão social e de combates às drogas e a seca. Sete dos 10 candidatos a governo no estado participaram do debate.

Dr. Pessoa abriu as perguntas questionando Valter Alencar sobre quais políticas da juventude ele criaria no seu governo. Valter respondeu que é “preciso capacitar mão de obra e investir na educação, sobretudo no ensino médio voltado para a área profissionalizante. Porque o aluno saindo capacitado, haverá maior chance do aumento dos salários”. Então, Dr. Pessoa respondeu que “não há desenvolvimento sem a gente olhar forte para o conhecimento, para ter jovens capacitados, mas temos que ter também mercado”.

O segundo a questionar foi Luciano Nunes, que decidiu perguntar ao governador Wellington Dias. Luciano foi irônico ao dizer que Wellington viajou o mundo todo afirmando que estava atrás de recursos para o estado e para abertura de empresas e perguntou onde estão, então, essas empresas. Segundo o deputado, elas não foram instaladas no Piauí. O governador contestou dizendo que foram várias as que trouxe para o estado: “Empresas são várias, como a Casa dos Ventos que tem a disposição de investir no Piauí, a Bung mesmo veio e a gente trouxe. São mais de 500 empresas na área da produção e exportação, tem na área do melão em Canto do Buriti, além de tantas outras".

Além disso, de acordo com Wellington Dias, “o estado tem saldo positivo de emprego. O Piauí é um dos cinco no Brasil que aponta aumento de empregos, segundo o IBGE”. Luciano deu a réplica afirmando que a empresa de energia eólica, citada pelo governador como tendo sido trazida pelo governo do Estado, foi instalada na gestão anterior. “A empresa veio por conta própria e o governo disse que ia fazer estrada e não fez. Tem a Brasil Eco Diesel, Susano, Vale do Rio Doce e Itauna, que deveriam estar no Piauí e muitas outras e não estão”, acrescentou Luciano. 

Em seguida foi a vez de o empresário Fábio Sérvio perguntar para o senador Elmano Férrer sobre como o candidato via a posição “contraditória” do governo em ter apoiado o processo de subconcessão da Agespisa, mas ter sido contra a privatização da Eletrobras, quando lutou contra o leilão da empresa. “Foi uma posição dúbia e com relação a isso o que não entendo é o governo do Piauí, de partido da esquerda, ter entregue empresas como de abastecimento de água e a administração de rodoviárias, - como a daqui, de Floriano e Picos - à iniciativa privada. Um governo de esquerda, que é contra privatizações?”, disse Elmano. Fábio teve direito a réplica dizendo que o governo Wellington nunca deveria ter cometido essa “atrocidade”. 

Logo depois a candidata Sueli Rodrigues fez seu questionamento a Luciano Nunes. Ela o interrogou sobre o que defendia em relação a terceização nos contratos de trabalho, ao tempo em que afirmou que é terminantemente contra. “Nossa proposta é lutar  contra a terceirização”. Luciano Nunes afirmou: “Tenho uma posição clara. Sou contra nas atividades fim, como saúde, educação, assitencia pública, segurança, mas nas atividades meio, sou a favor”. 

Cegada a vez de Elmano perguntar, ele dirigiu-se a Wellington sobre a sua preocupação quanto as políticas para segurança hídrica. “Os carros pipas funcionam a pelo menos 50 anos e nesses 12 anos do seu governo, o que foi feito?". O governador falou que tem trabalhado com programa de convivência com o semi-árido. “Desde 2003 trabalhamos para atender cerca de 1,5 milhão de famílias com abastecimento em conjunto, com construção de barragens mais construção de sistemas de água urbano e rural. Nessa última etapa, nas secas de 2015, 2016 e 2017, aproximadamente 160 a 180 mil pessoas foram atendidas e houve melhoria de abastecimento”.Elmano retrucou lamentando ao dizer que “todas as obras de adutoras estão paralisadas, mesmo que sejam construídas com recursos federais”. 

Depois, Wellington Dias perguntou para Dr. Pessoa como ele trataria a questão do combate às drogas. "A entrada de armas não é questão de estado, mas federal. Combate as drogas se faz com emprego e renda, com desenvolvimento, saúde e educação e dando oportunidade para jovem", disparou Dr. Pessoa. O governador disse que agirá com programas de prevenção, mas se isso não for suficiente, também trabalhará com rede de atendimento ao usuário.

O último a fazer uma pergunta foi Valter Alencar, que interrogou Luciano sobre que medidas tomaria para garantir inclusão social. Luciano afirmou que “investimento em educação e escola integral para todo o estado com professores valorizados, com capacitações, com famílias de volta dentro das escolas acabam gerando inclusão social. Esse é o caminho”. Em réplica, Valter disse que valorizia as minorias como os negros. “É necessário dar oportunidade a todos, gerar oportunidades sem mentiras, sem essa política desviada, de conxavos”.

 Foto: Thiago Amaral

 

Lyza Freitas 
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