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"Manifestação é normal e estado é responsável por segurança", diz Firmino

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Foto: Divulgação/ PMT

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), enxerga como "normal" a manifestação dos servidores da saúde em âmbito municipal pedindo mais segurança nas unidades de saúde da capital. Firmino Filho disse nesta quinta-feira (13) que não entende o por quê da preocupação específica com os assaltos às Unidades Básicas de Saúde, se o problema da falta de segurança atinge a todos os setores da sociedade. 

Após o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina fazer um levantamento que aponta 35 casos de assaltos a Unidades Básicas de Saúde da cidade somente este ano, a categoria, especialmente os profissionais da saúde, fizeram uma paralisação para pedir providências. O ato aconteceu em frente a sede da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT).

Firmino vê a manifestação como "normal" e lembra que a responsabilidade da segurança pública é do governo do estado. Ele também avalia que os protestos são um "grito de clamor" da população quanto ao problema. "Temos casas, hospitais, empresas, cargas,UBSs assaltadas, enfim, fazemos parte de um estado que é seguro e é exatamente para enfrentar esse estado seguro existe um agente público chamado segurança pública, que na sua natureza não é privada, é pública e cabe ao estado prevê isso dela. E segundo a nossa constituição cabe justamente ao governo do estado. Nós entendemos esse processo de segurança como um grito de clamor para que possamos avançar na segurança pública da cidade como um todo".

Firmino acrescentou: "Com isso, todo mundo fica a mercê e o cidadão no ponto de ônibus, dentro do ônibus, dentro de casa, fora e também os trabalhadores municipais na saúde, na educação, todos nós, também ficamos. Então eu não sei porque essa preocupação específica com um setor. O que temos que ter é uma discussão mais generalizada sobre segurança. Temos um grave problema e entra eleição e sai eleição e se continua brincando com esse tema e chegamos a ponto desse tipo", acrescentou Firmino Filho.

Sobre algum tipo de negociação com servidores,oo gestor reitera que "é natural o protesto" e que "já houve diálogo e entendimento com a Fundação e houve conversa com as Polícias Militar e Civil. Nas últimas duas semanas a Polícia Militar tem feito uma ronda nas unidades básicas".

A paralisação

Durante a paralisação, os servidores realizaram uma assembleia e decidiram que podem paralisar por tempo indeterminado se não houver algum retorno da Prefeitura. O professor Sinésio Soares, presidente do Sindserm, contestou Firmino dizendo que a PMT tem responsabilidade pela segurança dos locais de trabalho “da porta para dentro”. 

“Queremos que a prefeitura se comprometa a resolver o problema da segurança, se não tem mais o presidente da Fundação, que o prefeito dê uma posição de como vai resolver a questão da tranquilidade não só dos servidores, como dos usuários, porque do muro para dentro a responsabilidade é da Prefeitura e mesmo ela não cumprindo com sua palavra que era devolver a insalubridade retirada, ontem conseguimos isso na justiça”, ressaltou Sinésio.

Joaquim Monteiro, diretor de comunicação do Sindserm, disse que a categoria espera um posicionamento da Prefeitura. “A categoria exigiu mais segurança e a gente está esperando uma posição do prefeito, mas efetiva, o que vai ser tomado para proteger as pessoas que estão no local do trabalho sendo ameaçadas. Estamos dispostos a paralisar por tempo indeterminado”.

O chefe de assistência militar do município, coronel Jonh Feitosa, falou em nome da Fundação Municipal de Saúde e explicou que já houve uma reunião com polícias civil e militar, sindicato dos Médicos e FMS e estratégias foram tomadas para coibir os assaltos, entre elas aumento do policiamento ostensivo próximos das UBS

De acordo com ele, por causa das novas ações, os assaltos diminuíram. “A demonstração disso é que já estamos há mais de 15 dias sem nenhum registro de ocorrência. Já foi feito o encaminhamento do orçamento da fiscalização eltroncia e a fundação nos autorizou fizemos o levantamento das necessidades na UBSs e estaremos também com este investimento feitio para que o teresinense possa ter tranquilidade no seu local de trabalho.

 

Lyza Freitas
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