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Defesa do marido de advogada morta quer suspensão de processo

Fotos: Facebook

A defesa de Luiz Felipe Manvailer, acusado pela morte da mulher a advogada Tatiane Spitzner em Guarapuava, na região central do Paraná, pediu a suspensão do processo. O prazo para os advogados se manifestarem venceu na sexta-feira (14).

Esse foi o segundo pedido de suspensão do processo feito pelos advogados de Mainvailer. Em agosto, a defesa do réu afirmou que não ficou claro na denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) qual foi a causa de morte de Tatiane. Na ocasião, o pedido foi negado.

No pedido, os advogados de Luiz Felipe dizem que é impossível apresentar uma resposta à acusação. Eles alegam que os "recentes movimentos do Ministério Público trazendo aos autos novos elementos de informação, mesmo depois do oferecimento da denúncia, mostram que as investigações, continuam em andamento".

A defesa quer que a promotoria esclareça quando, onde, e como Tatiane Spitzner morreu.

Os advogados pedem, então, a suspensão do processo até que os laudos de necropsia e o exame anatomopatológico fiquem prontos.

O MP-PR informou em nota que a defesa repete o pedido de suspensão sem trazer qualquer argumento novo, e reafirma que a acusação é clara e precisa, permitindo o prosseguimento do processo.

O diretor do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba disse que os procedimentos complementares já foram concluídos, e que agora os médicos legistas de Guarapuava trabalham no laudo que deve ser entregue na próxima semana.

Em nota, a defesa de Tatiane Spitzner, disse que é totalmente desnecessária a suspensão do processo e reforçou, "para quem nega a acusação, alegando que ela teria se suicidado, é irrelevante o conteúdo do laudo do IML”.

O caso
A queda de Tatiane foi na madrugada do dia 22 de julho, no Centro de Guarapuava. Conforme a Polícia Civil, depois da queda, Luis Felipe recolheu o corpo de Tatiane e o levou de volta para o apartamento.

Uma testemunha relatou que, logo depois da queda, viu o marido recolhendo o corpo e ouviu ele gritando: “Meu amor, acorda”.

O marido foi preso após sofrer um acidente de carro na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava. Ele disse que se acidentou porque a imagem da esposa pulando a sacada não saía da cabeça dele.

Luis Felipe está preso Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG). Depois que ele tentou se matar, a defesa pediu para que ela seja transferido para o Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região de Curitiba, para “para atendimento psiquiátrico e psicológico urgente”.

O casal estava junto havia cinco anos e era "feliz", de acordo com a defesa do marido. O Ministério Público (MP-PR), porém, diz que Tatiane vivia um relacionamento abusivo.

Familiares e amigos relataram que ela queria pedir o divórcio. Para a polícia, eles disseram que Luis Felipe costumava chamar Tatiane de apelidos pejorativos e que a proibia de contratar uma diarista para ajudar nas tarefas domésticas.

Uma amiga da advogada, Rosenilda Bielack, que conviveu com o casal na Alemanha, contou que a advogada era maltratada constantemente pelo marido, que é faixa roxa no jiu-jítsu. “Tudo era motivo para ele maltratar a Tati, falar coisas pesadas, pejorativas sempre”, afirmou.

Conversas por WhatsApp de Tatiane com Rosenilda mostram como estava a relação dela com o marido. Nas mensagens, entre março e junho deste ano, a advogada relatou sentir "medo" e disse que o marido tinha "ódio mortal" por ela.

Uma perícia feita no local da morte constatou que ela teve uma fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura.

Fonte: G1

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