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Marina ensaia reação com grupo de notáveis e programas com marcas

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Foto: Roberto Jayme/UOL/Folhapress/Arquivo

Na tentativa de reagir à queda nas pesquisas de intenção de voto, a candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, vai exibir no horário eleitoral sua equipe de "notáveis". A presidenciável pretende apresentar na propaganda da próxima quinta-feira (20) os economistas André Lara Resende, um dos formuladores do Planto Real, e Ricardo Paes de Barros, estudioso de questões que envolvem pobreza e um dos idealizadores do Bolsa Família. Como Marina tem apenas 21 segundos de exposição na televisão, os filmes similares também serão exibidos na internet.

A ideia é dar musculatura para a campanha da candidata da Rede, num momento em que ela sofre uma espécie de ataque especulativo. Marina, que tem o eleitor com a menor taxa de convicção entre os principais presidenciáveis, perdeu fôlego nas pesquisas, caindo principalmente entre as mulheres, os jovens e os eleitores de baixa renda. Nesses segmentos, ela tirava a maior parte da sua força eleitoral, assim como entre os evangélicos, que passaram a apoiar de maneira mais expressiva o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

A perda de fôlego se deu após a entrada de Fernando Haddad (PT) na disputa – ele subiu em estratos socioeconômicos, tradicionalmente alinhados ao PT, como no Nordeste, onde Marina tinha bom desempenho. Antes de Haddad ser oficializado candidato de Lula, era ela quem aparecia como a principal herdeira dos votos do ex-presidente.

Na semana passada, Marina começou a divulgar com mais intensidade as presenças de Lara Resende e Paes de Barros na sua campanha. "Eu tenho os melhores pra governar comigo. O idealizador do Plano Real, André Lara Rezende, está me ajudando. Um dos criadores do SUS é o meu vice @EduardoJorge  e um dos idealizadores do Bolsa Família, Ricardo Paes de Barros, também está comigo."

Com a apresentação dos dois economistas, Marina pretende reverter a ideia de que estaria isolada. Os nomes também seriam palatáveis ao eleitor de centro – cerca de 30% das pessoas não se declaram nem de direita nem de esquerda. Na rua e em debates, a candidata trabalhará a ideia de que ela é a mais capaz de fazer a transição de um Brasil em crise para um país sem crise. Pregará, portanto, o voto útil ao eleitor, algo que também tem sido explorado por Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Após críticas de que suas ideias eram muito difusas e de que faltava uma marca para a campanha, a candidata também levará à televisão algumas propostas, com rótulos e nomes de mais fácil assimilação pelo eleitor. Além do programa "Sol Para Todos", que lança hoje no Nordeste e que tem como objetivo incentivar o uso de energia solar, Marina divulga o "Programa Vida Digna", que tratará da expansão do sistema de saúde e ampliação do acesso a creche, numa sinalização clara às mulheres.

 

Fonte:G1

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