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18 anos depois, Arquidiocese de Teresina realiza uma ordenação episcopal

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Atualizada às  17h13

Após 18 anos, a Arquidiocese de Teresina realizou uma ordenação episcopal. Padre Júlio César, que integra o clero da Arquidiocese, foi ordenado bispo pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito. A celebração campal teve início às17h em frente a Catedral Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva. O último bispo ordenado na capital do Piauí foi Dom Alfredo Schaffler, em 3 de junho do ano 2000.

Segundo a Arquidiocese de Teresina, o episcopado é o terceiro grau do sacramento da ordem. “É assim que a Igreja chama aqueles que são escolhidos para estar à frente do rebanho. São os representantes de Cristo na missão de evangelizar. Essa é, sem dúvida, a primeira de todas as missões de um bispo. Evangelizar primeiro com seu testemunho de vida e, segundo, com a Palavra e suas atitudes”, explica Dom Jacinto Brito.

O Padre Júlio César, que estava como pároco da Paróquia Menino Jesus de Praga, no Saci, foi escolhido pelo Papa Francisco para ser ordenado. Depois de uma pesquisa que a Igreja faz e recebendo a aprovação daqueles que são consultados, ele pessoalmente dá o seu aval nomeando a pessoa para ser bispo. “O padre foi escolhido no dia 11 de julho, após a ordenaçãooo será apresentado em Fortaleza-CE como bispo auxiliar no dia 06 de outubro, em uma celebração agendada para o turno da noite”, acrescenta Dom Jacinto.

Padre Júlio César será bispo auxiliar do Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio. Ele vai compartilhar a missão do ensino da santificação dos membros da Igreja, do pastoreio do governo e da organização da Igreja. “Então tendo esta missão, ela o transforma, inclusive o seu Ministério. Ele não vai ter mais uma paróquia e sim uma diocese, uma porção do Povo de Deus por quem passa a ser responsável. E será também responsável pela Igreja como um todo. Afinal, o bispo integra o Colégio Episcopal que tem como cabeça o Santo padre, o sucessor de São Pedro, o Papa”, esclarece Dom Jacinto Brito.

A ordenação

A celebração e todo o rito será presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina. Depois do Evangelho, o bispo faz a homilia e o candidato é apresentado. Neste momento é feita a leitura da bula, (o documento do papa que autoriza a ordenação). Em seguida o padre é submetido a uma espécie de interrogatório sobre a aceitação da missão. Uma vez aceito, vem a prostração. O ordenando se prostra como sinal de humildade colando seu corpo com a terra de onde veio. “A partir daí a Igreja invoca os santos pedindo ajuda e intercessão deles para essa especial tarefa. Então vem o gesto da imposição das mãos. Terminada a imposição, vem a unção. O bispo é ungido na cabeça para lembrar que ele vai ser de fato o representante do Messias e deve estar cheio da sabedoria divina”, descreve Dom Jacinto Brito.

Depois disso são entregues as insíglias: anel, báculo mitra. Com esses símbolos o novo bispo passa então no meio do povo, abençoando a comunidade reunida para que as bênçãos de Deus recaia sob o novo servo e sobre seu povo.

“Padre Júlio receberá de mim a imposição das mãos e de outros bispos que estiverem presentes. Destacando Dom José Antônio (Arcebispo de Fortaleza) e Dom Alfredo Shafler (Bispo emérito de Parnaíba). Este último, vale ressaltar, é alguém que padre Júlio César, na sua formação, teve uma especial ligação”, destaca Dom Jacinto.

Padre Júlio César nasceu em 27 de fevereiro de 1971 e foi ordenado padre em 27 de junho de 1998. 

Da Redação
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