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Vaias e palmas: veja o resumo da votação dos presidenciáveis

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Veja abaixo como está acontecendo a votação dos candidatos à presidência da República:

Vou pro monte pra agradecer a vitória', diz Cabo Daciolo

Candidato à Presidência pelo Patriota e evangélico que fez de "Glória a Deus" seu slogan eleitoral, o deputado Cabo Daciolo diz que um "avivamento" lhe dará 51% dos votos neste domingo (7).

Com 1% nas pesquisas, conseguiu converter ao menos um voto: Elia Maria, 69, que, de cadeira de rodas, não conseguia subir um lance de escada para votar na mesma seção do candidato, na Barra da Tijuca.

Ele carrega a senhora e a cadeira degraus acima e, ainda ofegante, conta que ninguém conseguirá falar com ele pelo resto do dia. "Vou pro monte pra agradecer a vitória." Por jejuar no monte (na prática, um período de orações), o parlamentar eleito pelo PSOL se afastou por 21 dias da campanha.

Foto: Futura Press/Folhapress

Ciro vota e diz que acredita em virada na reta final

Em uma referência ao adversário Jair Bolsonaro (PSL), o candidato do PDT à sucessão presidencial, Ciro Gomes, afirmou que os "arrogantes" e "despreparados" sempre se revelam nos momentos de maior emoção do país. Ciro votou em Fortaleza (CE).

"Quando uma pessoa, no dia da eleição, já se afirma vitorioso, é porque dispensa os votos das pessoas. Eu quero o voto e peço com humildade para ter uma chance de representar os brasileiros decentes e equilibrados", afirmou o pedetista.

Em terceiro nas pesquisas eleitorais, atrás do petista Fernando Haddad, Ciro disse acreditar em uma virada na reta final e recorreu a uma metáfora futebolística para definir a sua posição, recurso que era muito utilizado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu estou pedindo a bola e me deslocando. Estou na área e o Fernando Haddad está no impedimento. Se passar para mim, faço o gol", disse.

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

Ao votar, Bolsonaro afirma que ultrapassou "figurões"

O candidato a presidente do PSL, Jair Bolsonaro, fez críticas a alianças partidárias e disse que, sem estrutura, ultrapassou figurões da política, sem fazer menções diretas aos seus concorrentes. O presidenciável votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.

"Sem grande partido, sem fundo partidário, sem tempo de TV, mas tendo a verdade e a sinceridade, desbancamos figurões que achavam que, fazendo parcerias e acordos com grandes partidos, via televisão, ganhariam a eleição."

Bolsonaro disse que o eleitor brasileiro tornou-se independente pelo crescimento do papel das redes sociais na campanha. Bolsonaro voltou a repetir que, se for eleito, não vai fazer negociação partidária. Ele destacou apoio recente das bancadas ruralista, evangélica e da bala.

Foto: Alice Vergueiro/Folhapress

Haddad é recebido com panelaço e espera 2º turno mais civilizado

O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, afirmou que espera um segundo turno "mais civilizado" contra seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PSL), e aproveitou para fazer acenos a outros candidatos. "Estou esperançoso de que teremos um segundo turno muito mais civilizado do que tivemos no primeiro. Tenho o maior respeito pelos que concorreram, sobretudo com aqueles com quem trabalhei. Com a Marina, com o Ciro Gomes, com o Meirelles, no governo Lula", declarou Haddad após votar em São Paulo.

Haddad disse ainda que "O Brasil está correndo um grande risco desnecessário de colocar abaixo as conquistas dos últimos 30 anos". 

Haddad foi recebido com protesto de alguns moradores ao lado da escola em que vota, em Moema, região nobre de São Paulo. Após perceberem sua chegada, pessoas saíram às varandas de pelo menos dois prédios vizinhos e começaram a bater panelas, em um tipo de manifestação que ficou marcada como oposição à presidente Dilma Rousseff na época do impeachment.

'Precisa respeitar o dinheiro do povo', diz Henrique Meirelles

O candidato Henrique Meirelles (MDB) votou na escola Rio Branco, no Centro da capital paulista. Ele afirmou que é preciso "respeitar o dinheiro do povo". O presidenciável chegou acompanhado de Paulo Skaf, candidato ao governo de São Paulo.

Meirelles também disse que sai desta eleição com o que queria: "o respeito do povo". Meirelles (MDB) minimizou a declaração de Paulo Skaf, que afirmou que “seria bom” que houvesse uma vitória no primeiro turno de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente. “Todos podem especular com hipóteses: ‘se isso acontecer eu vou fazer aquilo, se aquilo acontecer eu vou fazer isso etc’”, afirmou Meirelles. “Mas isso são, meramente, colocações teóricas. Cada um vai ter de se posicionar no segundo turno. E vamos então aguardar o resultado das eleições.”

Álvaro Dias vota e diz: "O Brasil emburreceu"
O senador Alvaro Dias (Podemos), candidato à Presidência, votou em um colégio particular da cidade de Londrina (PR), onde mantém o domicílio eleitoral, apesar de morar em Curitiba.

Respondendo a uma pergunta sobre um segundo turno sem a presença dele, Dias disse que, dependendo dos candidatos, pretende nem votar. "Não colocarei a minha digital no caos."

Já saindo do colégio, em um breve diálogo com um eleitor que vestia uma camiseta com a imagem de Jair Bolsonaro, o senador afirmou: "O Brasil emburreceu."

Alckmin vota e fala em esperança no Brasil

O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) disse, ao votar em colégio, ter muita confiança na eleição presidencial. "Temos esperança de que o país reencontre seu destino de uma grande nação", afirmou.

Acompanhado por João Doria (PSDB), ele não comentou a declaração do candidato a governador, que disse votar em Alckmin por solidariedade. Também o acompanharam o prefeito Bruno Covas, os candidatos ao Senado Mara Gabrilli e Ricardo Tripoli, todos tucanos, e outros aliados, como o ministro Gilberto Kassab, do PSD. Doria chegou instantes antes de Alckmin e não deu entrevista. Ele havia falado com a imprensa ao votar, uma hora antes.

Brasil não pode ir pelo caminho da violência política, diz Marina

A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, afirmou que o país não pode ir pelo caminho da violência política e criticou os adversários Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). "Durante esse primeiro turno nós tivemos o assassinato da vereadora Marielle Franco, as tentativas de morte na caravana no presidente Lula, o atentado ao candidato Bolsonaro. O Brasil não pode ir pelo caminho da violência política como acontece na Venezuela", afirmou, depois de votar na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Rio Branco, capital do Acre.

"Nos temos que combater tudo que ameaça a democracia brasileira, a estabilidade econômica, social e política do Brasil. Dos dois lados nós temos populismo de direita e populismo de esquerda", disse. Em sua terra natal, a candidata chegou para votar acompanhada do marido, Fábio, e de uma das seis irmãs, Maria de Jesus. Na porta da seção, militantes da Rede aguardavam a candidata. "O Brasil vive hoje um momento difícil, uma grave crise econômica, social e sobretudo uma crise profunda de valores, e os dois partidos que estão fazendo hoje a polarização não são uma alternativa à sociedade brasileira", afirmou a candidata.

Boulos diz confiar em 2º turno e que Bolsonaro 'não tem moral nenhuma'

Candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos voltou a criticar Jair Bolsonaro após votar em São Paulo, no prédio da PUC, na zona oeste da capital. Boulos, que foi acompanhado da mulher e de suas duas filhas, foi recebido no local por militantes e candidatos a cargos legislativos do PSOL.
Questionado sobre um possível apoio ao PT em caso de segundo turno, Boulos deixou clara sua oposição ao candidato do PSL. "Vamos esperar a apuração das urnas, mas sempre estivemos nas ruas para barrar o atraso. Ele não, ele jamais", disse o candidato, que também afirmou confiar que haverá um segundo turno.

"Tem gente que se coloca como novo e está lá há 27 anos. Comprou mais imóvel do que aprovou projeto. Tinha assessora-fantasma até outro dia. O Bolsonaro quer pagar de moralista, mas não tem moral nenhuma", disse. Boulos deverá passar o dia com a família e acompanhar a apuração dos votos ao lado de militantes do PSOL e do PCB.

Fonte: Folha Press

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