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Bolsonaro terá mais de 10 mil cargos de livre nomeação, diz Eliseu Padilha

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Coordenador da transição, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (Foto Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), terá à disposição ao menos 10 mil cargos de livre nomeação a partir da posse, em 1º de janeiro de 2019.

Antes disso, Bolsonaro indicará até 50 assessores para integrar a equipe de transição. De acordo com Padilha, os nomes serão indicados nesta quarta-feira (31), quando ele se reúne com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciado como chefe da Casa Civil no governo do capitão reformado.

"Ele [Lorenzoni] me disse que na quarta a intenção é vir já com os primeiros nomes para composição da equipe de transição", disse Padilha nesta segunda-feira (29).

A equipe da transição pode permanecer no cargo do momento da indicação até no máximo dez dias após a posse de Bolsonaro. Eles receberão celulares com o programa que conterá as informações do governo e o detalhamento de dados de cada ministério. O local dos trabalhos será o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) da capital federal.

Lorenzoni já disse que pretende reduzir em pelo menos 20% o total de funcionários em cargos comissionados. Para ocupar essas funções, o que se discute é a promoção de servidores de carreira a esses postos.

Padilha lembrou que o partido dele, o MDB, adotou postura de independência no segundo turno da eleição presidencial e que, portanto, terá de abrir mão dos cargos de que dispõe hoje no governo.

"O MDB já tem posição de independência em relação ao governo. A independência, por certo, passa também pelo fato de ter que abrir mão de cargos", disse.

De acordo com Padilha, ainda não há reunião marcada entre o presidente Michel Temer (MDB) e Bolsonaro.

Lorenzoni disse que o presidente eleito só deve ir a Brasília na próxima semana. O plano inicial era que Bolsonaro viajasse nesta terça (30). Seus aliados, porém, o aconselharam a permanecer no Rio e ir a Brasília depois da nomeação dos aliados, o que deve ocorrer até esta quinta (1º).
O deputado gaúcho disse que o presidente eleito iria aproveitar a segunda-feira para relaxar, e que haverá uma reunião nesta terça, no Rio, com aliados mais próximos.

Lorenzoni é quem vai a Brasília nesta semana para conversar com a equipe de Temer. Ele e o general Augusto Heleno, anunciado por Bolsonaro para o Ministério da Defesa, devem dar início ao processo. Ele disse que a equipe de transição do presidente eleito não deve ter os 50 integrantes autorizados por lei.

"Não temos a obrigatoriedade de colocar tudo [cargos] na mesma hora. Vai uma primeira parte da equipe, depois vai uma segunda parte da equipe, na medida da necessidade. Não pretendemos usar os 50 cargos."

O deputado do DEM negou que Bolsonaro deve anunciar o nome de novos ministros ainda esta semana.

Até o momento, o presidente eleito confirmou os ocupantes de três pastas: Casa Civil (Onyx Lorenzoni), Defesa (Augusto Heleno) e Economia (Paulo Guedes).

"Não, não [serão anunciados novos ministros]. Ele [Bolsonaro] vai amadurecer, pensar. Eu defendo que ele só anuncie os ministérios em bloco, no finalzinho de novembro, início de dezembro", afirmou o deputado gaúcho.

O astronauta Marcos Pontes disse nesta segunda-feira que é certa sua indicação para ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia. "Só falta o anúncio oficial."

Em entrevista na noite desta segunda, Bolsonaro disse que Pontes deve ser confirmado brevemente.

Lorenzoni também falou sobre a equipe do próximo governo quando questionado a respeito da política de preços que será adotada pela Petrobras a partir de 2019.

"No governo Bolsonaro, quem roubar vai para a cadeia e ele [Bolsonaro] joga a chave fora", disse o futuro ministro da Casa Civil, que criticar os escândalos de corrupção na petrolífera durante os governos do PT.

 

Fonte: Folhapress

 

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