Cidadeverde.com

Merlong Solano contesta reajuste pedido pelo TJ ao orçamento do Estado

Imprimir

Foto: Fábio Lima/Cidade Verde

Em entrevista ao Acorda Piauí, da Rádio Cidade Verde, nesta quarta-feira (21), o ex-secretário de Governo Merlong Solano contestou a proposta de reajuste do orçamento apresentada pelo Tribunal de Justiça, que já prevê o impacto de um aumento salarial em 2019. Na visão de Solano, a majoração nos salários do Supremo Tribunal Federal (STF) não obriga os juízes do Piauí a também terem seus vencimentos reajustados. 

"O que a lei diz é que o salário do desembargador deve ser até 90,25% do salário dos ministros do Supremo. Até! Não diz que precisa ser exatamente 90,25%", disse Merlong Solano. 

Enquanto o TJ-PI apresentou um pedido de 13% no orçamento, o Governo enviou a proposta para a Assembleia Legislativa com aumento de apenas 2% nos valores para o Judiciário. 

O ex-secretário de Governo lembrou que o efeito cascata do reajuste no STF, que pode impactar salários de desembargadores, deputados e promotores no Piauí, não é pago pelo orçamento federal. Merlon Solano disse que o Estado não pode ficar "sustentando poderes caros além da possibilidades do orçamento do Piauí". 

"É o momento de todo mundo fazer sacrifício. O Poder Executivo terá que se adequar a essa realizade difícil que o país está vivendo. A economia parece que não vai voltar a crescer no ritmo que nós esperávamos que ela voltasse a crescer, depois de três anos parada e até caíndo. E isso repercutirá forçosamente sobre as receitas dos estados", acrescentou. 

"Não tem jeito. Na hora da dificuldade todo mundo tem que arcar com as dificuldades", completou. 

Ouça na íntegra da entrevista:

 

Previdência
Merlon Solano falou sobre o problema da Previdência estadual, agravado pela diminuição no número de servidores efetivos ao longo do tempo. 

"A Previdência tem que ser uma Previdência cidadã. O básico para que não tenha velhice na situação de miséria. Mas o padrão de vida de classe média alta e de rico não pode ser sustentado pela Previdência pública", defendeu. 

Futuro político
Suplente de deputado federal na próxima legislatura, Merlong Solano pode ir para a Câmara dos Deputados caso algum dos eleitos assuma cargo no Governo do Estado. O petista deu a entender que as chances disso ocorrer estão menores. 

"Eu estava empolgado com a ideia de ir para Brasília como titular. Como suplente eu estou em dúvida. (...) Suplente não tem estabilidade, não tem direito às emendas. Mas, de qualquer forma, entendo a importância. Teria três anos de trabalho lá. Mas também entendo a importância de estar ao lado do governador Wellington Dias aqui, ajudando a gerir o Estado", afirmou. 

Merlon Solano disse ainda que foi um erro o PT lançar um número maior de candidatos a deputado federal. Outras siglas concentraram seus votos em poucos candidatos e tiveram maior sucesso. 

 

Fábio Lima
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais