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Após sugestão de presidente da Fifa, final da Libertadores será em Madri

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O local do segundo jogo da final da Copa Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors, finalmente está decidido. A partida será disputada no Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, no dia 9 de dezembro.

A preferência da Conmebol, desde o adiamento da partida do último dia 24 no Monumental de Nuñez, era por Doha, já que o governo do Qatar havia oferecido uma série de vantagens financeiras para que a partida acontecesse no Oriente Médio.

O contrato estava pronto para ser assinado, até que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, sugeriu que a final acontecesse na Europa.

O mandatário da Conmebol, Alejandro Domínguez, consultou o governo do Qatar, que aceitou manter os valores a serem pagos com a condição de que a partida acontecesse no Parque dos Príncipes, em Paris, estádio do PSG, clube que pertence a empresa ligada à família real do Qatar.

Em nome do bom relacionamento entre a Conmebol e os organizadores da Copa de 2022, Domínguez pediu para que os qatarianos reconsiderassem e aceitassem que a partida acontecesse em Madri já que o estádio do Real é maior, assim como a colônia argentina na Espanha, o que garantiria estádio cheio é maior visibilidade. Foi atendido.

O país do Oriente Médio vai pagar a hospedagem e viagem das duas equipes é uma premiação de US$ 7 milhões (cerca de R$ 28 milhões) a ser dividia pelos finalistas. O River também vai receber o dinheiro necessário para ressarcir os torcedores que compraram ingressos para a partida adiada do último sábado.

A Qatar Airways assinou no final do mês passado contrato de patrocínio com a Conmebol e também estampa a marca no uniforme do Boca Juniors.

Após falar com Infantino, Domínguez ficou preocupado com a possibilidade de a final entre River e Boca, considerada histórica pela entidade, ficasse escondida no Qatar e fosse jogada em um estádio sem lotação máxima.

Além da oferta de Doha que foi aceita pela Conmebol, a entidade recebeu propostas de levar a partida para Miami, nos EUA, e Medellín, na Colômbia. Mas era menos dinheiro na mesa.

Será a primeira vez que a Libertadores será decidida fora da América do Sul. A partida vai acontecer na mesma cidade da final da próxima Champions League, torneio que serve de modelo para a Conmebol fazer a Libertadores.

Ter a atenção do mercado europeu foi um argumento que ajudou a convencer a confederação sul-americana.

Ainda há a possibilidade de a Qatar Airways pagar a viagem do campeão de Madri para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde vai acontecer o Mundial de Clubes a partir do dia 12.

Domínguez também sofria resistência do presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio, que insistia para que a partida fosse disputada no Monumental de Nuñez.

A realização da partida ainda depende de decisão da comissão disciplinar da Conmebol. O Boca Juniors entrou com o pedido para ficar com os pontos do jogo e, com isso, ser campeão.

O confronto do último dia 24, em Buenos Aires, foi adiado porque o ônibus que levava a delegação do Boca para o estádio foi atacado com paus e pedras. Os atletas foram afetados pelo disparo de gás de pimenta. O volante Pablo Pérez foi quem mais se feriu. Teve cortes no braço e foi atingido no olho por estilhaços de vidro.

O Boca alega que como mandante, o River Plate era responsável pela a ação dos seus torcedores próximo ao estádio.

Na tarde desta quinta, o presidente Daniel Angelici se reuniu com os jogadores do para comunicar-lhes que a maior probabilidade era da decisão do Tribunal Disciplinar ser contrária ao clube.

Angelici comunicou que vai recorrer até a última instância, se for preciso, mas que entrar em campo seria quase inevitável. " Se tiver que jogar, o Boca jogará", disse mais tarde à imprensa.

Na primeira partida da final (que também foi adiada, mas por causa da chuva e por um dia apenas), Boca e River empataram por 2 a 2 em La Bombonera.

ALEX SABINO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

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