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Bolsonaro e Mourão são diplomados em solenidade no TSE

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Foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

Atualizada às 18h12

Em tom conciliatório, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 10, que vai governar para todos os brasileiros independente de "origem social, sexo, cor, idade ou religião". Diferentemente do que ocorreu na campanha, Bolsonaro também elogiou o processo eleitoral.

Ao se dirigir para a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, e demais ministros da Corte, pediu que o trabalho coletivo durante o pleito "seja exemplo da união em prol do Brasil" a partir do próximo ano.

"Agradeço a Justiça Eleitoral pelo extraordinário trabalho, a cada um dos servidores do TSE, Forças Armadas, a todos que participaram da eleição em uma demonstração de civismo e amor ao Brasil", agradeceu o presidente eleito. Ele também parabenizou a "família da Justiça Eleitoral" ao receber o diploma que oficializa sua vitória nas urnas e de seu vice, Hamilton Mourão, em cerimônia de diplomação no TSE.

Bolsonaro disse estar honrado pelos votos que recebeu, mas pediu um "voto de confiança" dos que não o apoiaram para "juntos construir um futuro melhor para o Brasil". Em sua fala, Bolsonaro afirmou que a defesa de um País próspero e seguro será o Norte e o compromisso de sua gestão. "Não mais à corrupção, à violência, a mentiras.... Não mais manipulação ideologia, submissão a interesses alheios, à mediocridade. Todos conhecemos a pauta histórica de reivindicação da população", declarou.

O presidente eleito avaliou que "os desejos de mudança foram expressos de forma clara na eleição" e que a população quer "paz e prosperidade". "Vivenciamos novos tempos e eleições demonstram prática de política distinta, com relação direta com eleitores. Segundo Bolsonaro, sua vitória nas urnas coloca o Brasil como exemplo em um momento de "profundas incertezas" no mundo.

Ele também se comprometeu a trabalhar com afinco para que "possamos olhar para trás com orgulho" daqui a quatro anos. Voltou a defender, ainda, posicionamentos de campanha como a soberania nacional.

Também defendeu o aumento da oferta de empregos e a construção de uma sociedade mais justa. "Nossa gente é trabalhadora, constituída por homens e mulheres, mães e pais. Gente que não mede esforço para obter o sustento de seus familiares."

Bolsonaro chegou ao evento do TSE e encerrou o discurso com uma continência. E o clássico slogan: "Brasil deve estar acima de tudo, que Deus abençoe nosso País." Ele chorou durante o Hino Nacional e foi recebido por gritos de "mito".

O discurso foi feito na cerimônia de diplomação que oficializa o resultado das eleições presidenciais deste ano, dando o aval para a posse de Bolsonaro e de seu vice, que ocorre no dia 1.º de janeiro.

Estavam presentes o presidente Michel Temer, os presidentes da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, representando o chefe do Poder Judiciário, Dias Toffoli, que tem compromisso no Espírito Santo

Para a sessão solene, a Corte Eleitoral reforçou a segurança do tribunal, como faz nas cerimônias de diplomação. Assim como no segundo turno das eleições, um perímetro em torno do prédio do TSE foi fechado, sem acesso ao estacionamento externo. Somente a imprensa credenciada e os convidados têm acesso ao local, que restringiu o atendimento nesta segunda-feira entre às 8h e às 12h.

Aptos

A diplomação é uma espécie de passaporte para o presidente eleito tomar posse no dia 1.º de janeiro. A entrega do diploma pela presidente da Corte Eleitoral confirma que Bolsonaro e Mourão cumpriram as formalidades previstas na legislação eleitoral e estão aptos a exercer o mandato.

Para um presidente eleito ser diplomado, por exemplo, seu processo de prestação de contas da campanha eleitoral precisa ter sido julgado pelo plenário do TSE, não necessariamente aprovado. No caso de Bolsonaro, as contas foram aprovadas com ressalva no último dia 4. Na ocasião, os ministros determinaram que a campanha devolva R$ 8.275 para os cofres públicos, em razão de irregularidades relativas ao recebimento de doação por fontes vedadas ou não identificadas.

Por Estadão Conteúdo

Matéria Original

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), foram diplomados em cerimônia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na tarde desta segunda-feira (10). Bolsonaro prestou continência para a plateia e foi aplaudido e chamado de mito por parte dos presentes.

A diplomação é uma etapa indispensável para que os eleitos possam tomar posse. Ela confirma que o político cumpriu as formalidades previstas na legislação eleitoral e está apto a exercer o mandato.

A solenidade é realizada no plenário do TSE e foi aberta com o Hino Nacional executado pela Banda dos Fuzileiros Navais. Os diplomas são assinados pela presidente da corte, ministra Rosa Weber. Cerca de 700 pessoas foram convidadas para assistir ao evento, segundo a assessoria do tribunal.

Compareceram à cerimônia autoridades como o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Ives Gandra Martins Filho, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), o presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), José Robalinho, e políticos como a deputada eleita Carla Zambelli (PSL-SP), o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP), o presidente do PRTB, Levy Fidélix, e vários ministros do futuro governo, como Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Do atual governo estavam os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União). Entre os familiares do presidente eleito, participaram da cerimônia os filhos Flávio (eleito senador), Carlos (vereador no Rio de Janeiro) e Eduardo Bolsonaro (reeleito deputado federal).

A diplomação marca o início da segunda fase do governo de transição, com a montagem das equipes do segundo e terceiro escalões, o que pode ter reflexos na base do governo no Congresso. A primeira etapa da transição, de formação de ministério, foi concluída neste domingo (9) com a escolha de Salles, do partido Novo, para o Meio Ambiente -a 22ª pasta do futuro governo.

Parlamentares que apoiaram a eleição de Bolsonaro e que viram a Esplanada dos Ministérios ser preenchida sem que eles pudessem indicar aliados esperam uma sinalização do futuro governo sobre a abertura que terão para sugerir nomes para as demais estruturas federais.

Fonte: Folhapress

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