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Relação entre deficiência de vitamina D neonatal e esquizofrenia

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Os recém-nascidos com deficiência de vitamina D têm um risco aumentado de esquizofrenia mais tarde na vida, relatou uma equipe de pesquisadores australianos e dinamarqueses. A esquizofrenia é um grupo de desordens cerebrais mal compreendidas caracterizadas por sintomas como alucinações, delírios e comprometimento cognitivo. A descoberta pode ajudar a prevenir alguns casos da doença, tratando a deficiência de vitamina D durante os primeiros estágios da vida.

O estudo, liderado pelo professor John McGrath da Universidade de Queensland (UQ) na Austrália e Aarhus University na Dinamarca, descobriu que os recém-nascidos com deficiência de vitamina D tiveram um aumento de 44% no risco de serem diagnosticados como esquizofrênicos quando comparados àqueles com níveis normais de vitamina D.

Como o feto em desenvolvimento é totalmente dependente dos estoques de vitamina D da mãe, nossos achados sugerem que garantir que as mulheres grávidas tenham níveis adequados dela pode resultar na prevenção de alguns casos de esquizofrenia, de forma comparável ao papel que a suplementação de folato desempenhou na prevenção da espinha bífida.

Eles hipotetizaram que baixos níveis de vitamina D em mulheres grávidas devido à falta de exposição ao sol durante os meses de inverno podem estar por trás deste risco, e investigaram a associação entre a deficiência dessa vitamina e o risco de esquizofrenia. 

O próximo passo é conduzir ensaios clínicos randomizados de suplementos de vitamina D em mulheres grávidas com deficiência desta, a fim de examinar o impacto no desenvolvimento do cérebro infantil e o risco de distúrbios do neurodesenvolvimento, como autismo e esquizofrenia.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

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