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Piauí é o 2º com mais cidades em situação de emergência

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Enquanto as chuvas provocam grandes estragos em Santa Catarina, a estiagem afeta 403 municípios em oito dos nove Estados do Nordeste. A Bahia é o Estado com o maior número de municípios que decretaram situação de emergência - 101 no total. Em seguida aparece o Piauí, com 72 cidades. Em todos os Estados, os maiores problemas concentram-se nas regiões rurais dos municípios.

Como acontece todo ano, ao decretar situação de emergência, o município espera a ajuda do governo federal por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil. O órgão atende as cidades afetadas com a Operação Carro-Pipa, programa que distribui água às regiões com a ajuda do Exército.
 
 
Atualmente, 486 municípios estão inseridos no programa, sendo 433 no Nordeste. Só na Bahia, a operação está acontecendo em 107 municípios. Na Paraíba, são 89 cidades e no Ceará são 71, seguido por Pernambuco (68), Piauí (48), Rio Grande do Norte (40), Alagoas (33) e Sergipe (10). Fora o Nordeste, Minas Gerais (41) e Tocantins (12) também estão sendo atendidos, segundo a Defesa Civil Nacional.

O Estado de Pernambuco também é um dos que mais sofrem com a estiagem. Segundo a Defesa Civil do Estado, cerca de 400 mil pessoas estão sendo afetadas pela seca. Para o major Ivan Ramos, coordenador da Defesa Civil estadual, a maior dificuldade está entre os povoados das zonas rurais. "A população rural está dispersa. Têm vilarejos que ficam de 30 a 40 quilômetros distantes das áreas urbanas", explica. Segundo Ramos, essa situação, que se repete todos os anos no sertão, dura até o começo de janeiro, período previsto para volta das chuvas. Atualmente, 63 municípios estão em situação de emergência no Estado.

Na Bahia, entre os 101 municípios afetados, está Feira de Santana, uma das maiores cidades do Estado. Em Alagoas, 33 municípios decretaram situação de emergência. Segundo a Defesa Civil estadual, a situação está semelhante aos anos anteriores e, assim como nos demais Estados, as regiões afetadas aguardam a ajuda do governo federal.

Além da estiagem, a burocracia também atrapalha as regiões castigadas. Enquanto esperam o auxílio da Operação Carro-Pipa, os Estados e municípios fazem uma espécie de atendimento emergencial. Grande parte dos Estados e municípios não tem uma estrutura suficiente para atender as localidades prejudicadas. Em Sergipe, Estado com 11 municípios em situação de emergência, uma das dificuldades é o "número reduzido de técnicos na Defesa Civil", explica Cleiton Cruz, assessor técnico do órgão.

No Piauí, devido a estiagem, 72 municípios decretaram situação de emergência. De acordo a Defesa Civil do Estado, a situação este ano está um pouco melhor do que nos anos anteriores. "As enchentes de março favoreceram os reservatórios, pois tivemos uma acumulação de água maior", explica Expedito Cavalcante, assessor técnico da Defesa Civil do Estado.

Já no Rio Grande do Norte, apesar de 31 municípios terem decretado situação de emergência, apenas quatro estariam sendo prejudicados, de fato, pela estiagem. Segundo a Defesa Civil estadual, na maioria das localidades, os problemas ainda são conseqüências das fortes chuvas de junho, que afetou os mananciais e contaminou o sistema de água potável das cidades.

Outro Estado com um grande número de municípios afetados é o Ceará, que atualmente tem 65 municípios em situação de emergência. A Defesa Civil do Estado informou que a ajuda do governo federal demora, em média, de cinco a sete dias úteis e, assim como nos demais Estados, as defesas civis dos próprios municípios vão atendendo as regiões prejudicadas até a chegada do Exército com a Operação Carro-Pipa.

Na Paraíba, de acordo com a última notícia divulgada pelo governo no dia 20 do mês passado, 27 municípios estão em situação de emergência. O único Estado nordestino que não tem nenhum município em situação de emergência é o Maranhão.

Para que um município decrete situação de emergência, é preciso seguir uma lista de critérios determinados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. O município decreta a situação de emergência, o Estado homologa e o Ministério da Integração Nacional, por meio da Defesa Civil nacional, reconhece. Por esse motivo, os números da Defesa Civil Nacional não são os mesmos divulgados pela Defesa Civil de cada Estado.

 

Fonte: UOL

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