O prefeito Firmino Filho participou da solenidade de abertura do Ano Legislativo da Câmara de Teresina. Segundo o prefeito, a capital fez o "dever de casa" e possui dinheiro em caixa após superar a crise econômica.
O prefeito afirma que a cidade tem R$ 1 bilhão para investimentos e deve deixar recursos para seu sucessor. Segundo ele, isso se deve às medidas adotadas para conter os gastos.
"Nossa principal meta é a continuidade da administração, que tem quatro anos com começo, meio e fim. Nos últimos anos tivemos, no cenário externo, uma crise profunda. Tivemos que fazer um ajuste significativo. Reduzimos nossa despesa de custeio em R$ 52 milhões e fez com que a Prefeitura pudesse viver dentro de suas condições, dentro do próprio coberto. Tivemos internamente o processo de plantio de bons projetos. Fizemos o planejamento setorial e vamos buscar as fontes de recurso para que este projeto de se transformasse em realidade. Essa missão foi bem realizada. Temos para gastar de recursos do orçamento geral da União mais de R$ 1 bilhão. A cidade mantém alto nível de investimento, mas vai ter um crescimento nos próximos três ou quatro anos. O próximo prefeito ter a mais de R$ 1,5 milhão para gastar", afirmou.
Firmino diz que não prepara novas medidas de cortes de gastos. "Acredito que temos agora o final da crise. Esse ajuste já fizemos há dois anos atrás e acredito que já superamos. Estamos em outro estágio. Já fizemos o dever de casa", comentou.
O prefeito afirma que a expectativa agora é que o país supere a crise. "Vamos apresentar o ano que se findou e as expectativas para 2019. Esperamos que o país saia desse marasmo econômico. A estagnação econômica já vem há quatro anos. Está na hora do Brasil voltar a crescer. A equipe econômica escolhida pelo governo Bolsonaro é competente. Na realidade a crise política. A expectativa de crescimento econômico são grandes. Se não houve erro na condução o país deve crescer", disse.
Foto: Roberta Aline
Estado sobrecarrega Saúde
O prefeito Firmino Filho afirma que Teresina tem gastado o dobro do que a legislação determina com a saúde. Segundo ele, isso se deve ao fato do governo do Estado não cumprir suas obrigações e os municípios do Piauí terem grande carência no setor de saúde.
“A UPA do Renascença passou a ser uma UPA do Piauí. Atende pacientes de vários municípios do interior. O governo do Estado não tem feito sua parte e sobrecarrega Teresina. É preciso rediscutir essa questão. O problema de Teresina com os paciente do Maranhão já foi praticamente resolvido com o diálogo. Agora a questão é que a saúde de Teresina não é só para o teresinense, mas para todo Piauí”, afirmou.
Pacto Federativo
Sobre a redistribuição do pacto federativo, Firmino afirma esperar que o governo Bolsonaro coloque o tema em pauta.
"Temos um país que concentrou demais os recursos. Esse processo de desconcentração dos recursos é importante. Principalmente para municípios. Precisamos ter nova rodada de desconcentração", destacou.
Greve dos ônibus
O prefeito também falou da greve de ônibus. Ele disse esperar que empresas e empregados cheguem a um consenso.
"Já faz parte do calendário da cidade. Temos um conflito privado entre patrões e empregados. Esse conflito precisa ser resolvido e esperamos que isso ocorra logo. O fórum correto para que isso ocorra é na Justiça do Trabalho. A prefeitura tenta minimizar os estragos para a população colocando transporte alternativo e ao mesmo tempo nos colocando à disposição da Justiça do Trabalho para que de alguma forma possamos ajudar a agilizar essa solução. Essa é uma questão de natureza privada e que não envolve recursos públicos. É importante que seja tratada no fórum adequado", afirma.
Lídia Brito
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