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Motoristas não recebem salário e param 100% dos ônibus nesta quarta (6)

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Atualizada às 14h45

A greve de ônibus em Teresina chegou aos 100% na manhã desta quarta-feira (6). A medida foi tomada diante do atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores do transporte coletivo da capital que, de acordo com o sindicato que representa a categoria, deveria ter sido pago nesta terça-feira (05)

 "A orientação foi para que os trabalhadores fossem para as suas casas e quando o dinheiro for depositado, vamos rodar os 30% no novamente. Agora, não há nenhum ônibus rodando", disse Fernando Feijão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários de Teresina (Sintetro). 

Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (6), representantes do Sintetro visitam as garagens repassando informações sobre a proposta dos empresários que propuseram cerca de 4% de reajuste e dupla jornada de trabalho. A categoria reagiu e aguarda uma contra proposta. 

"Nós ainda estamos negociando. Essa proposta de trabalhar em dois turnos é uma regressão de 30 anos, uma escravidão moderna. Obviamente, isso foi reprovado pela categoria. Além disso, continuam com a proposta informal de 4% e os trabalhadores foram unânimes em não aceitar", explica Feijão. 

Cerca de 1.700 trabalhadores compõem a categoria. Segundo Feijão, não há nenhuma reunião prevista. 

"Eles  (empresários) ficaram de se reunir e nos informar de qualquer nova proposta", reitera o sindicalista. 

(Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com)

Ele acrescenta que entende os prejuízos causados à população e pede compreensão. "A gente lamenta essa situação. Nós também temos familiares que andam de ônibus  que hoje estão passando o maior perrengue pra ir pra escola, pro trabalho. A gente pede desculpas, mas é uma situação atípica que tem ser combatida, senão vira uma bola de neve", completa Feijão.

A expectativa é que hoje ocorra mais uma tentativa de negociação entre os empresários e a categoria em reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho. 

PLANO B

Nas estações de passageiros, poucos usuários. Alguns, inclusive, demonstraram surpresa ao serem informados sobre a paralisação 100% dos ônibus. 

(Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com)

"Moramos no Planalto Uruguai. Demoramos mais de 1 hora na parada e só conseguimos chegar na zona Sul porque viemos de van. Saímos de casa porque era muito importante. Agora é usar um plano B: voltar com motorista de aplicativo", disse Rodrigo Pereira, estudante de Direito. 

Amanda Martins, estudante de Contabilidade, relata que, no primeiro dia de greve, demorou 2h30 para chegar em casa. Ela diz que os trabalhadores têm o direito de reinvidicar, mas a população sempre sai prejudicada. 

(Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com)

"Quando eles param, nós ficamos sem opções. Com a greve 100%, vou pegar o primeiro que passar mais próximo da minha casa e ir caminhando. No primeiro dia, saí da faculdade às 9h e cheguei às 12h30. Só tinha um ônibus e é porque peguei uma outra linha", disse a estudante.

(Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com)

Além de motoristas de aplicativos, usuários que precisam sair de casa durante a greve estão recorrendo a vans e ônibus cadastrados.

(Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com)


Em nota, o Setut disse que ainda está no prazo de pagamento dos salários dos trabalhadores e denunciou um piquete do sindicato para evitar a saída dos ônibus.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) esclarece que o Sintetro fez piquete na porta das garagens das empresas, impedindo que os motoristas saíssem com os ônibus, impossibilitando a circulação. Referente ao pagamento da categoria, o empregador tem até o quinto dia útil para efetuá-lo. Portanto, as empresas estão dentro do prazo estipulado por lei.

Flash Graciane Sousa
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