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Previdência: governador diz que pobres não podem pagar por erros do passado

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Um dos temas tratados nesta quarta-feira (6) em mais uma reunião dos governadores do Nordeste, em Brasília, foi o projeto de Reforma da Previdência. O texto, que está prestes a ser enviado ao Congresso Nacional, deve dificultar o acesso ao valor integral da aposentadoria, dentre outros pontos. Os governadores já bateram o pé de que não aceitarão que os pobres sejam os mais penalizados.

"A posição é de que há necessidade de priorizar a reforma e ter um tratamento especial para os mais pobres, evitando colocar nas costas destes os custos pelos erros do passado. Garantir uma solução para o futuro e outra para o presente", disse o governador do Piauí, Wellington Dias, em entrevista à TV Cidade Verde.

Na carta assinada por todos os governadores ao final da reunião (baixe aqui), os chefes estaduais disseram que o debate sobre a reforma deve ser cauteloso para evitar perdas de direitos. "Consideramos imprescindível debate cuidadoso sobre a Reforma da Previdência, a fim de que haja soluções imediatas para os déficits existentes. Contudo, registramos preocupação com medidas que impeçam o acesso dos mais pobres a direitos fundamentais de natureza previdenciária, no campo e nas cidades", afirma o documento.

Segundo o governador do Piauí, se nada for feito, há o risco de se ter um problema de atraso de salário. "Precisamos ter um fundo que possa, com a participação de ativos, com fontes do governo federal e dos estados, dar sustentação a esse déficit do presente. Tem um sacrifício a fazer, mas tem a garantia que não haja atraso de salário e capacidade de investimentos", explica.

Foto: André Oliveira/Ccom

Segurança

Já na área da segurança, Wellington Dias disse que os governadores apoiam o endurecimento da pena por crimes hediondo e defende novas fontes de recursos. "Verificamos como positivo o endurecimento da pena com reclusão fechada para o crime violento, crime hediondo. Há necessidade de ter todo um tratamento e isso aflige a sociedade. Do outro lado entendemos que é preciso dar passos como a aprovação do projeto que está há 2 anos aguardando apreciação, e que regulamenta abuso de autoridade. Cuidar de temas relativos dando continuidade aos passos que foram dados em 2018 como o sistema único de segurança pública e um fundo de segurança pública mais robusto", finalizou o governador.

Veja na íntegra a carta dos governadores do Nordeste

 

Hérlon Moraes
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