O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles da Silveira, reagiu nesta quinta-feira (14) às declarações do secretário de saúde do Estado, Florentino Neto, que afirmou ontem no Jornal do Piauí não ser verdade que Teresina carrega a saúde do Piauí nas costas. Para Charles, o município já gasta 35% com saúde e amarga prejuízos com serviços oferecidos e não pactuados.

"Temos uma pactuação, mas nem todos os municípios aderiram. Eles não contribuem com nada. Nessa pactuação - que precisa ser revista - nós estamos tendo prejuízo. O uso das nossas UTIs por pessoas do interior está além do que está pactuado. Só em UTI o prejuízo é de R$ 16 milhões. A orientação do prefeito é de não deixar de atender ninguém", disse ao participar do Jornal do Piauí nesta quinta-feira.

O presidente foi além e afirmou não sentir, por parte do Estado, preocupação para aumentar sua rede de assistência.

"Estamos gastando 35% de todos os recursos que entram no município e a população cresce, a demanda aumenta. Nós atendemos 222 municípios do estado e nós não enxergamos por parte do governo do Estado uma preocupação em criar novos serviços, estender sua rede hospitalar para que possa atender o que é da sua obrigação legal", reclamou.

Charles fez questão de frisar que a capital é responsável apenas por atender pacientes que precisem da atenção básica.

"Nós ontem assistimos a manifestação do secretário Florentino e as pessoas precisam ter a percepção que existe um financiamento global. A cidade de Teresina é gestora plena dos recursos do SUS em Teresina", finalizou.

Foto: Carliene Carpasso

Com informações da TV Cidade Verde
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