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Deficientes visuais e a forma de ver e superar as dificuldades

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O locutor Francisco Costa, além de jornalista, é formado em letras, tem especialização em lingüística e cursa direito. O advogado Rosendo Júnior, há 14 anos é analista judiciário da Justiça Federal. Os dois profissionais bem sucedidos têm algo mais em comum. São cegos.

Sentir o mundo sem ver é um desafio. Enxergar uma luz de felicidade ao fim de um diagnóstico, não é fácil. Mas a tecnologia ajuda. A coragem de mudar o próprio destino, eles aprenderam na cartilha do pai: senhor Sebastião. Além da lição de vida ele proporciona aulas de verdade: Em braille!

As 63 combinações de pontos simbolizam letras e números e abrem as portas para o conhecimento. A associação dos cegos que hoje atende a 250 pessoas funciona desde a década de 60, graças ao esforço dele. Quando perdeu a luz e o rumo aos 33 anos, o seu Sebastião seguiu a trilha da solidariedade.

A fresta no labirinto obscuro conquista espaço no universo social. Com os cursos de orientação, os outros sentidos se adaptam a realidade. A bengala amplia o tato. O som da correnteza de lama indica os obstáculos no percurso.

E encarando os desafios de frente, 30 ex-alunos da associação dos cegos concluíram o curso superior. Outros 27 seguem a conquista do diploma.Três em cada cem crianças nascem com problemas de visão. A doença que mais evolui para a deficiência total, o glaucoma congênito, ataca um em cada dez mil bebês. A incidência da retinopatia é cinco vezes maior.



Nos primeiros anos de vida as fotos também revelam mais que um lindo bebê. Pais atentos devem abrir os olhos, se em vez de vermelhas, diante dos flashes as pupilas aparecerem brancas. Pode ser um sinal de Retinoblastoma, um tipo de tumor ocular. Assim como na infância, na terceira idade muitas das causas da cegueira são prevenidas e tratadas.

Os diabéticos têm 25 vezes mais probabilidades de perderem a visão do que uma pessoa que não tem a doença. Em cada quatro diabéticos, um fica cego. O tratamento é gratuito. Quem se cuida reencontra o foco, e transforma o medo em esperança.  


 
Conceição Santos (Cidadeverde.com)
Indira Gomes (TV Cidade Verde)
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