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Inquérito sobre acidente da TAM deve passar à esfera federal

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As investigações sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM, ocorrido em julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que são feitas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e as que estão sendo levadas a cabo pelo Ministério Público Federal (MPF), devem ser reunidas em um só inquérito, que passará a correr sob segredo de Justiça no MPF.

A informação foi dada hoje (14) pelo procurador da República Rodrigo de Grandis, durante reunião com parentes das vítimas do acidente, em Porto Alegre (RS), de acordo com o presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott.

“Os dois [inquéritos] se fundindo, volta a ter o sigilo decretado pelo juiz em São Paulo. Então o que nós estamos tentando fazer é ter acesso a essa informação, que ainda corre sob sigilo em São Paulo”, afirmou Scott, em entrevista, por telefone, à Agência Brasil desde Porto Alegre.

Também participou dessas reuniões com os familiares das vítimas, ontem e hoje, o promotor do MP-SP Mario Luis Sarrubo, que acompanhou as investigações da Polícia Civil. “Ele trouxe para nós a manifestação dele sobre o inquérito, onde ele aponta mais três pessoas responsáveis na companhia aérea TAM”, disse Scott.

Ele ressaltou que já existe uma lista, que aponta 14 pessoas como responsáveis, “e as investigações continuam, nós ainda temos as investigações da Polícia Federal em São Paulo, que não estão concluídas”.

A Afavitam vai continuar acompanhando as investigações, “porque nós temos ainda investigações abertas sobre o acidente, nós queremos saber como está a evolução dessa investigação por parte da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; vamos acompanhar isso até o fim”, disse Scott.

Os parentes das vítimas também continuam acompanhando as investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e prometem acompanhar toda a parte processual, numa “jornada pela justiça”.

“Nós queremos realmente que a justiça seja aplicada de uma forma exemplar, ela tenha um papel pedagógico para que as pessoas responsáveis por essa tragédia não saiam impunes do que aconteceu, a responsabilidade tem que ser cobrada. Se você foi responsável por um acidente, que matou 199 pessoas, você não pode sair impune”, afirmou Dario Scott.


Fonte: Agência Brasil

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