Cidadeverde.com

Mulheres fecham a Frei Serafim em protesto contra violência e reforma

Imprimir
  • frei6.jpg Letícia Santos
  • frei5.jpg Letícia Santos
  • frei4.jpg Letícia Santos
  • frei3.jpg Letícia Santos
  • frei2.jpg Letícia Santos
  • frei1.jpg Letícia Santos
  • centro4.jpg Letícia Santos
  • centro16.jpg Letícia Santos
  • centro15.jpg Letícia Santos
  • centro14.jpg Letícia Santos
  • centro13.jpg Letícia Santos
  • centro12.jpg Letícia Santos
  • centro11.jpg Letícia Santos
  • centro10.jpg Letícia Santos
  • centro9.jpg Letícia Santos
  • centro8.jpg Letícia Santos
  • centro7.jpg Letícia Santos
  • centro6.jpg Letícia Santos
  • centro5.jpg Letícia Santos
  • centro3.jpg Letícia Santos
  • centro2.jpg Letícia Santos
  • centro1.jpg Letícia Santos

Um grito coletivo ecoou na Praça da Liberdade em Teresina no combate à violência contra as mulheres neste 8 de Março. Crianças, jovens, adultos e idosos estiveram reunidos nesta sexta-feira para fortalecer a luta pelo direito das mulheres. “Nenhum passo atrás. Nenhum direito a menos”, gritavam. 

Bandeiras, cartazes e o próprio corpo serviram como fonte para denunciar os casos de Feminicídios. Somente no Piauí, neste ano, nove mulheres foram assassinadas.  Em pauta, os grupos que participaram da manifestação se posicionaram contra a atual proposta da Reforma da Previdência, defendida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Bolsonaro também foi citado em algumas falas. "Ele Não" era gritado pelos manifestantes ao mesmo tempo em que estava escrito em cartazes. Para a estudante Barbara Mendes, o "Ele Não" é uma resposta da sociedade porque Bolsonaro possui atitudes machistas e homofóbicas, e ela não apoia governos assim.

Em passeata pela Avenida Frei Serafim, a manifestação interditou o sentido Centro - Zona Leste e recordou o assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco. O caso completará um ano no dia 14 de março e permanece sem conclusões. "Tentaram calar a voz da Marielle, mas não conseguiram porque Marielle Vive", disse Bárbara. 

O trânsito parou na Avenida Frei Serafim, por volta das 17h30. Uma fileira de veículos se formou ao final dos manifestantes. Uma ciranda na avenida foi formada. Eles cantaram pela não retirada de direitos e que o poder do povo é revolucionário.

“O 8 de Março é um dia de luta, histórico, não apenas de comemoração, apesar já de termos conquistados muitos direitos. Estamos aqui contra a reforma da previdência, que aumentará ainda mais as desigualdades entre homens e mulheres; estamos aqui nessa luta contra o feminicídio e cobrando por respostas pela morte da Marielle Franco”, disse a estudante Brenda Marques, do movimento Juventude Afronte. 

Sônia Terra, do Instituto da Mulher Negra, reforçou que o ato é significativo para toda população. “Estamos aqui para dizer que basta de morte de mulhares. Esse 8 de Março une todos os movimentos sociais para colocar a nossa resistência aos desmandos do país, dizer não as desigualdades e ao machismo que mata as nossas mulheres”, afirmou.

Hana Leal, da Cáritas Brasileira Regional Piauí, reforçou que o movimento foi unificado. “A nossa luta é constante contra a violência e, agora, temos a questão da reforma da previdência porque o governo vem colocando para cima e as mulheres são as que mais vão sofrer”. 
 

A professora Lucineide Barros  participou da manifestação e disse estar feliz com a quantidade de pessoas que foram ao ato devido o atual momento político. "Estamos em um momento político em que todas as energia devem convergir para o chamamento de estarmos juntas.  Nós precisamos olhar para que nos une e darmos passos adiante, considerando a onda de violência que vem se alastrando contra nós mulheres e a retirada de direitos".

"Nós estamos com esse atentado contra a nossa previdência. As mulheres são as que sofrerão ataques mais significativos, considerando que ao longo do tempo nós lutamos por liberdades e respeito, e contra o preconceito, e agora nós vemos instalados no governo algo totalmente contra isso. Governos como esse não devem se manter", disse Barros. 

Integrante da Frente Popular de Mulheres Contra o Feminicídio, Gabriela Furtado ressaltou que 8 de Março é dia de luta, dia de relembrar que há muitas pautas a serem conquistadas e uma delas é o direito à vida. 

Ela denunciou que “as mulheres continuam morrendo a as mãos do Estado continuam de sangue” porque não recebem os grupos que querem discutir o assunto e encontrar soluções.
 

Carliene Carpasso
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais