Reeducandas e servidoras da Penitenciária Feminina de Teresina receberam, nesta terça-feira (26), certificação profissional de conclusão de cursos do projeto Mulheres Mil, via Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Também foram entregues uniformes para as agentes penitenciárias da unidade.

O secretário de Estado da Justiça, Daniel Oliveira acredita na educação e no trabalho como catalisadores de novas perspectivas sociais para as mulheres privadas de liberdade. "Nosso objetivo é que cada uma dessas reeducadas tenha oportunidade de se qualificar, de repensar sua vida e de sonhar com o que podem fazer após ultrapassar os portões da unidade, quando estiverem em liberdade", assinalou.

O projeto que tem como base a emancipação feminina e a inserção da mulher no mercado de trabalho atendeu internas e servidoras. Foram ofertados os cursos de microempreendedor individual, vendedor, técnico em vendas e recepcionista para as reeducandas e para as agentes penitenciárias e técnicas em saúde e assistência social o curso de monitor em dependência química.

A reeducanda Maria Paula Silva, 20 anos, é uma das concludentes do Mulheres Mil. Hoje no regime semiaberto, a reeducanda é prova de que a profissionalização é um caminho para a reinserção na sociedade e no mercado de trabalho. "Sou muito grata ao curso e a esta oportunidade que surgiu. Nele pude aprender sobre como vender, como atender o cliente e ter uma nova chance lá fora. Me incentivou também a continuar os meus estudos", contou a jovem que trabalha durante o dia e está concluindo o Ensino Médio via EJA, no turno da noite.

Para a gerente da Penitenciária Feminina, a agente penitenciária Cristiane Braga, a educação é um dos pontos chaves para a ressocialização dentro do sistema penal. "Na vida, sempre temos uma saída para as adversidades e o estudo é a base de tudo. Estou muito feliz com o que está acontecendo na nossa unidade e em todo o sistema. Estou há 17 anos no sistema e felizmente nos últimos anos tenho visto muita mudança", relembrou.

Lançado em 2011 e com parceria no sistema penitenciário desde 2017 o Mulheres Mil tem transformado o horizonte de vida de centenas de reeducandas. "Apesar de estarem em processo de reeducação, essas mulheres também fazem parte da sociedade e devem ser reinseridas através da educação profissionalizante. Que campos e portas se abram para elas", destacou o superintendente de Ensino da Secretaria de Educação, professor Carlos Alberto Pereira.

Fardamento
Em mais uma etapa de fardamento, as agentes penitenciárias e os agentes de apoio receberam novos uniformes. Foram entregues calça tática, boné e camiseta que se somam aos coturnos e cinto tático já entregues aos agentes. "Uma ação que significa mais respeito, mais atenção e mais dignidade no ambiente de trabalho para as e os nossos agentes de segurança prisional", afirmou Daniel Oliveira.

Da Redação
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