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A cólica menstrual não é novidade para as mulheres. Afinal, a situação se repete periodicamente. Já existem diversas formas de aliviar as dores. Mas, quando a situação ultrapassa os limites considerados “normais” da dor, pode ser um sinal da presença de uma das principais causas da infertilidade feminina: a endometriose.

A boa notícia é que alguns cuidados com a alimentação e o consumo de determinados nutrientes podem ajudar a amenizar os sintomas característicos da doença.

O que é?

Trata-se de uma doença estrogênio-dependente. Ou seja, evolui com a presença do hormônio estrogênio, que afeta o endométrio, tecido que reveste o útero. Esse tecido cresce por estímulo do ciclo menstrual e tem a função de preparar o órgão para receber o embrião. Entretanto, quando a gestação não acontece, ele descama e é expelido pelo corpo através da menstruação.

Nos casos de endometriose, algumas células do fluxo menstrual, ao invés de seguirem o curso natural e serem expelidas pelo organismo, acabam fazendo o caminho inverso Isso mesmo, elas retornam para as trompas, alojando-se nas cavidades do abdômen e se espalhando por órgãos como os ovários, intestino, ureter, bexiga e vagina.

Então, o tecido endométrio que deveria ser eliminado acaba “grudando” nesses órgãos e continua se comportando como se ainda estivesse revestindo o útero. O resultado é uma inflamação que dá origem a uma cólica muito forte, principal característica da endometriose, e também aumenta a dificuldade para engravidar.

Endometriose e alimentação

Levando em conta que a endometriose é uma doença estrogênio-dependente, ficar atento ao consumo de alimentos que estimulem a sua produção no organismo ajuda a reduzir os sintomas relacionados à doença. Como exemplo, existem maçã, cereja, ameixa, beterraba, cenoura, pepino, grão de bico, arroz branco, cevada e aveia, além das sementes de girassol e de linho.

Quantidade

Cinco a seis refeições devem ser realizadas diariamente, sendo fundamental aprender a fazer as escolhas corretas no dia a dia e mudar certos hábitos. É preciso pensar nos alimentos não somente como forma de saciar a fome, mas como fonte dos nutrientes vitais ao bom funcionamento do organismo e de matéria-prima para as células.

Além disso, consumir alimentos ricos em fibras e antioxidantes também pode auxiliar no alívio das dores causadas pela inflamação e prevenir possíveis complicações.

 

Fonte: Estadão Conteúdo