Cidadeverde.com

HUT internou 24 pacientes sem identificação neste ano

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

É comum a entrada de pacientes inconscientes e sem documentos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Somente este ano, o HUT recebeu 24 pacientes que foram encontrados na rua pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Dentre estes, 11 foram vítimas de acidentes de trânsito, sete vítimas de agressão física e cinco sofreram mal súbito. Somente no dia três de março deste ano, cinco pessoas foram atendidas no HUT sem identificação. Todas foram vítimas de acidente de trânsito e estavam inconscientes no momento do resgate.

Por estarem sem documentos esses pacientes ficam internados no HUT sem identificação e o serviço social é acionado para tentar encontrar as famílias. Annalzira Soares, gerente do Serviço Psicossocial do HUT, explicou que quando um paciente é internado sem identificação a assistente social do plantão faz o relatório descrevendo toda a história do resgate feito pelo SAMU para que seja feita uma investigação.

“Acolhemos o paciente e iniciamos uma busca por informações mais detalhadas. Quanto mais informações a equipe conseguir coletar maiores serão as nossas chances de encontrar algum parente ou amigo. Fazemos também, em parceria com a assessoria de comunicação do HUT, um chamado na imprensa solicitando a ajuda da população para identificar esses pacientes”, explicou Annalzira.

A diretora geral do HUT, Dra. Clara Leal, faz um alerta à população para que ande com seus documentos, pois caso aconteça um acidente ou a pessoa tenha uma mal súbito fica mais fácil encontrar alguém da família. “Precisamos sair de casa preparados. Qualquer pessoa está suscetível a sofrer acidentes. E um documento pode ajudar na identificação do paciente e consequentemente encontrar a família”, ressaltou a diretora. 

Em 2018, o HUT atendeu 114 pessoas sem identificação. Destes, 46 eram vítimas de agressão física, 35 acidentes de trânsito e 15 de mal súbito. Todos eram do sexo masculino e com idades entre 20 e 60 anos. Alguns pacientes sem identificação ficam internados por longos períodos e por conta da gravidade das lesões, muitas vezes, acabam evoluíndo para óbito. Como não apareceu ninguém da família para fazer a identificação desse paciente o hospital cumpre os prazos para conservação e manutenção do corpo e encaminha para o sepultamento.  

 

Da redação
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais