Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

O aumento em 5,6% no preço médio da gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobrás na última sexta-feira (5) tem refletido no custo do combustível em Teresina. Em alguns postos o valor do litro de gasolina chega a R$ 4,79 desde o sábado (6).

Os preços médios de diesel e gasolina às distribuidoras e sem tributos estão em R$ 2,1432 e R$ 1,9354 respectivamente, de acordo com tabela disponível no site da Petrobrás. O aumento no valor da gasolina é o maior desde outubro de 2018. 

 De acordo com a Petrobrás, o repasse de preços ao consumidor final depende da “estratégia comercial das distribuidoras e revendedoras, do valor do etanol anidro misturado à gasolina, dentre outros fatores”.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o presidente do Sindicato dos Postos no Piauí, Alexandre Valença, explica que o aumento nas bombas acompanha não só o aumento nas refinarias, mas a tributação. 

“Nossa carga tributária é de 55%, entra ainda o anidro, o preço em São Paulo. A operação é complexa”,  diz o presidente do sindicato sobre o valor até chegar ao consumidor final.

Em março deste ano, a Petrobras informou que os preços do diesel nas refinarias da companhia, que correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final, serão reajustados por períodos não inferiores a 15 dias. Anteriormente, a empresa adotava uma política de mantê-los estáveis por curtos períodos de tempo de até sete dias. 

Segundo a petroleira, ela continuará a utilizar mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino. Já o hedge da gasolina, que passou a ser adotado em setembro de 2018, permite à empresa manter os valores estáveis nas refinarias por também até 15 dias.

Da Redação
[email protected]