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Charlize Theron fala sobre apoio ao filho que se sente menina

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Foto: Reprodução/Instagram/@charlizeafrica

 

Filho mais velho de Charlize Theron, 43, Jackson, 7, já foi algumas vezes fotografado usando saias e vestidos. Em longa entrevista ao jornal britânico Daily Mail, a atriz disse que, embora tenha nascido menino, a criança se identifica com o gênero feminino e que o seu papel como mãe é apoiá-la e respeitá-la. 

"Sim, eu também achava que ela era um menino. Até que ela olhou para mim quando ela tinha três anos e disse: 'Eu não sou um menino!'", revelou a atriz.

Além de Jackson, Charlize também é mãe da menina August, 3. "Eu tenho duas lindas filhas que, como qualquer mãe, quero proteger e ver prosperar. Elas nasceram quem elas são e poderão se encontrar na vida enquanto crescem, vão descobrir quem elas querem ser e não cabe a mim decidir", disse. 
E completou: "O meu trabalho é celebrá-las e amá-las e ter a certeza de que elas têm tudo que precisam para ser o que querem ser. Farei tudo que estiver ao meu alcance para que minhas filhas tenham esse direito e sejam protegidas por isso."

Para a atriz, o exemplo e os ensinamentos de sua mãe, Gerda, foram fundamentais para ela pensar desta forma. Criada em uma fazenda nos arredores de Joanesburgo, na África do Sul, a atriz contou que cresceu em um lugar onde as pessoas viviam com meias verdades e mentiras, mas que sua mãe a ensinou a ser diferente, a sempre ser sincera consigo mesma.  

"Eu fui ensinada pela minha mãe que você tem que falar, você tem que saber que, quando esta vida acabar, você terá vivido a verdade com a qual está confortável e que nada de negativo pode vir disso."

Charlize teve uma infância e adolescência marcada por tragédias. O seu pai era alcoólatra e espancava com frequência a sua mãe. Quando ela tinha 15 anos, o pai chegou em casa do trabalho, com uma arma nas mãos, e ameaçando matar ela e a mãe. Na frente da atriz, a mãe conseguiu reverter a situação e matou o marido em uma ação que foi considerada, posteriormente, como de autodefesa. 

Após a morte do pai, Gerda assumiu a empresa de construção dele, que estava cheia de problemas e dívidas, mas conseguiu dar conta de tudo. Por tudo isso, a atriz disse que a mãe foi um exemplo. "Eu apenas olhava para ela com a boca aberta e ficava pensando: 'Tudo bem. Eu quero ser assim também!".

Na entrevista ao jornal britânico, ela recordou que foi só um pouco mais velha que percebeu que as mulheres não tinham os mesmos direitos que os homens. "Nunca tive medo de ser mulher. Foi só quando eu estava sozinha e aos 20 e poucos anos que percebi que as mulheres não são respeitadas em todos os campos", disse.

NOVO FILME
Na conversa com o jornal  Daily Mail,  Charlize Theron falou também sobre o seu papel mais recente nos cinemas, no filme "Casal Improvável", que estreia no próximo dia 9 de maio, no Brasil. Na trama, ela faz Charlotte Field, secretária de Estado dos EUA, que está no caminho para se tornar a primeira mulher presidente do país.

Ela contrata o jornalista Fred Flarsky (Seth Rogen), de quem foi babá quando ele era criança, para que ele possa ajudá-la a fazer os seus discursos. Apesar de bem diferentes, eles acabam se apaixonando. 

A atriz disse que tomou cuidado para fazer Charlotte uma mulher poderosa, mas não inatingível, que sabe fazer piadas bobas e até ser um pouco pateta em alguns momentos. "Eu acho que a maior noção romântica de um filme como esse é a ideia de que você pode ser forte e capaz, e ainda ter um homem se apaixonado por você e ficar bem com isso."

Na outra ponta, ela afirma que Flarsky representa o homem moderno, uma nova geração que não tem medo de não ser machão. "Tem havido essa atitude por muito tempo que se você é um homem que está com uma mulher que é forte, ou qualquer outro adjetivo que você queira colocar aí, então, de alguma forma, isso diminui sua masculinidade. Acho que isso está mudando e que estamos vivendo em uma época em que ser uma mulher forte é mais celebrada", afirmou. 

Apesar de sua beleza, Charlize contou que não teve muitos namorados na escola e teve o coração partido por algumas paixões. "Mas então comecei a sair com os nerds e, quando estava com eles, recebia atenção. Acho que isso criou uma atração, porque ainda sou atraída por nerds", revelou ao jornal.
A atriz contou que sempre quis ser mãe e que a adoção era um caminho que pretendia seguir. Jackson foi adotado ainda bebê, em 2012. August foi adotada em 2015.  

Ela revelou que adotar não é algo simples, exige "tempo e esforço prático e emocional", mas que vale muito a pena. A atriz está solteira há quatro anos, desde que se separou do ator Sean Penn.

Fonte: Folha Press

 

 

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