São registradas, em média, duas a três denúncias de injúria racial por dia na Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias. Alguns dos casos ocorrem em ambiente virtual, nas redes sociais.

De acordo com a delegacia especializada, a legislação tem ficado mais rígida para os casos. “As pessoas tem que ter consciência que esse crime pode ter uma abrangência maior e uma punição bem mais severa”, informa o delegado de direitos humanos, Sebastião Escórcio.

Em São Raimundo Nonato, a dentista Delzuite Ribeiro de Macêdo foi condenada a  dois anos e quatro meses de reclusão, e três meses de detenção, pelos crimes de injúria racial e racismo qualificado. Delzuíte chegou a compartilhar conteúdos racistas em uma conta pessoal nas redes sociais.

Para o delegado especializado, o crime racial muitas vezes é velado por um falso discurso de tolerância. “As vezes as pessoas podem até dizer que respeitam e são tolerantes, mas no momento de uma desavença ou inconformismo, xingam com relação a cor, etnia e religião, com a intenção de humilhar. Por isso não crimes contra a honra”, informou.

Valmir Macêdo
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