Câmeras de segurança flagraram a ação que terminou com um dos suspeitos de assalto morto em uma farmácia no centro de Teresina, neste domingo (19). O autor dos disparos foi apontado como um major da Polícia Militar do Piauí que já se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) . 

No vídeo é possível perceber que uma cliente [esposa do militar] entra na farmácia, na sequência os dois suspeitos e, logo depois, o major da PM que está à paisana. Nas imagens, o policial parece verbalizar com o suspeito que aparenta desobedecer a ordem do militar e após alguns segundos é baleado e cai ao chão. 

O suspeito morto foi identificado como Caio Felipe de França Lima, 21 anos. De acordo com o delegado Valter Cunha, que investiga o caso, o jovem tinha antecendentes criminais e havia saído do sistema prisional em março deste ano. 

"Desde adolescente que ele cometia atos infracionais. Na fase adulta teve reiterações em crimes contra o patrimônio como furtos e roubos. Havia saído da prisão há um mês e pouco", disse o delegado.

O comparsa de Caio foi identificado como Antônio Carlos Portela que foi preso. No local foram apreendidos um facão e uma faca. 

Equipes do DHPP estão em diligência para elucidar o caso. Em depoimento, uma das testemunhas confirmou que o PM deu ordem para que o suspeito jogasse a arma no chão e só depois atirou. Até o momento não há informações da quantidade de disparos efetuados e da parte do corpo em que o suspeito foi alvejado. 

O delegado acrescenta que a fase inicial da investigação aponta que não houve excesso por parte do major da PM e que o caso se configuraria legítima defesa.

"O excesso na conduta desconfiguraria uma legítima defesa. Pelo que apuramos até agora, ele estava em uma situação de flagrante e teve que agir, independente da cliente que estava ali ser sua esposa. Poderia ser qualquer pessoa. Além disso havia o risco de que o suspeito pudesse se aproximar mais dele e desferisse uma facada que também o militar. Estamos colhendo imagens, vamos ouvir testemunhas e o militar para aprofundar o caso", conclui o delegado Valter Cunha. 

 

Graciane Sousa
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