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Especialista levanta a importância de manter a saúde da mulher em dia

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Com o aumento da expectativa de vida delas, e por serem a maioria na população brasileira (51%), essa atenção fica mais assídua. Entre tantas dúvidas que surgem a cerca desse assunto, a ginecologista Silvia Regina, que também é membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), orienta a necessidade de consultas periódicas ao ginecologista. “Essas consultas podem se iniciar desde a infância e serem mantidas até a terceira idade”, comenta.

Ela explica que existem recomendações que são repassadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Ministério da Saúde e da Febrasgo voltadas para a Citologia Oncótica, com foco no rastreio do câncer de colo de útero por meio de exames como o do Papanicolau. “A paciente deve iniciar o rastreio a partir dos 25 anos de idade, se tiver vida sexual. É um exame realizado uma vez por ano e, após dois exames que não apresentem alterações, ele poderá ser feito a cada três anos. De acordo com a Febrasgo, esse procedimento deve ser feito até os 64 anos, desde que os dois últimos exames tenham dado negativos nos últimos cinco anos”, explana.

O exame do Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico do câncer do colo do útero, antes que a mulher tenha sintomas, reduzindo a mortalidade pela doença.

Com o avanço da tecnologia, a medicina já dispõe de exames e métodos não invasivos, que trazem resultados rápidos. Entre eles a Vídeocolposcopia, um exame que permite ao ginecologista ver a imagem do colo uterino por meio de vídeo e serve de complemento em casos que haja alterações na citologia oncótica.

Mas um dado que não deve ser deixado de lado, em relação à saúde da mulher, é o câncer de mama. Esse câncer é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, correspondendo a cerca de 25% dos novos casos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde.

“A mamografia é um exame imprescindível e deve ser realizado, segundo a Febrasgo, a partir dos 40 anos de idade e repetido anualmente. De acordo com vários consensos, a média é que aos 75 anos esse exame não seja mais necessário, desde que os últimos exames não apresentem alterações. Isso não quer dizer que deixaremos de analisar a paciente no consultório, só não direcionaremos a mamografia em mulheres com 80 anos ou mais”, esclarece Dra. Silvia Regina.

Outro exame que faz parte da rotina de cuidados com a saúde da mulher é a Densitometria Óssea, que mede a densidade dos ossos e avalia a possibilidade de osteoporose. Segundo a Sociedade Internacional de Densitometria Clínica recomenda que o exame seja realizado naqueles pacientes com maior risco de fratura. Mulheres na menopausa, acima de 65 anos de idade, que tenham tido fraturas prévias, doenças crônicas como artrite reumatoide e hipertireoidismo, em uso de certos medicamentos como glicocorticoides e anticonvulsivantes estão nesse grupo. Geralmente se estabelece o intervalo de 2 anos entre cada exame, mas pessoas em tratamentos medicamentosos podem necessitar da análise com mais frequência.

É importante que a mulher seja a protagonista da sua saúde, mantendo sempre uma alimentação saudável, com a prática de atividades físicas regulares e realizando exames de rotina para manter uma vida saudável e equilibrada. O check-up médico é necessário e deve ser priorizado ao longo da vida.

 

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