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Após votar favorável, Ciro critica decreto de armas

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O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, votou a favor do decreto do governo Bolsonaro, que buscava flexibilizar a posse de armas no país. Apesar de votar favorável, Ciro fez duras críticas ao decreto durante entrevista ao Jornal do Piauí. 

Ciro afirma que o decreto foi “mal feito”. Ele diz que votou a favor apenas por defender o que o cidadão possa ter armas em casa. 

“A diferença da votação na Câmara deve ser superior ao Senado. Foi um decreto mal feito. Votei favorável para manter porque defendo a posse. A pessoa poder ter na sua residência, na sua fazenda a arma para se defender, é necessário. Sou contra porte de arma. Uma pessoa armada na rua tinha que ser muito bem preparada para evitar acidente. Mas a posse dentro de casa, da sua propriedade é importante. Temos um estado policial que não consegue  proteger a sociedade. Por isso votei a favor. Mas reconheço que foi muito amplo e cedeu demais, principalmente, ao porte de arma que sou contra”, disse. 

Foto:RobertaAline/CidadeVerde.com

O parlamentar piauiense também criticou duramente a articulação política do governo Bolsoanro. Segundo ele, até o momento o governo não tem uma base sólida. 

“Todo início de governo é sempre conturbado. Daqui que o governo se firme, que os ministérios passem a funcionar, que as diretrizes do presidente da República sejam executadas, sempre leva um tempo. Mas sempre digo que esse atual governo é pouco menos instável, até o momento não conseguiu formar uma base sólida, muitas trocas de ministros, problemas em redes sociais, interferência dos filhos, isso atrapalha a gestão. Temos um presidente muito bem intencionado e cabe ao Congresso suprir um pouco dessas deficiências com relação a coordenação política  a responsabilidade de aprovar as  reformas de interesse do país. Vivemos uma crise sem precedente na história do país, problema do desemprego, queda de arrecadação de estados e municípios, isso demonstra o enfraquecimento da economia”, disse. 

Sobre a reforma da Previdência, ele diz que o Progressistas não deve fechar questão a proposta. Os parlamentares podem ficar livres para decidir sobre o voto. 

“Não sei se vai fechar questão, é algo muito pessoal. Não podemos obrigar um parlamentar a votar contra as suas convicções como uma questão como a Previdência que afeta a vida de milhões de pessoas. Colocamos que nunca aceitaríamos que fosse afetar a vida das pessoas, só trabalhadores rurais e beneficiados do BPC. Isso é uma conquista dos progressistas. Sempre colocamos que se houver  sacrifício tem que ser das categorias que ganham mais, para beneficiar quem ganha menos. Hoje é inverso. Acho que vamos  ter a adesão de mais de 90% dos parlamentares do Progressista na votação da reforma”, disse. 

Lídia Brito
[email protected] 

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