O acusado de matar a jovem Maria de Lara Fernandes da Silva, 23 anos, em novembro de 2018, vai a júri popular. A sentença de pronúncia é da juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, titular da 2ª vara do Tribunal Popular do Júri, que proferiu sentença de pronúncia na semana passada. 

A vítima foi assassinada com um tiro na cabeça e teve o corpo jogado no Rio Parnaíba. Eduardo Pessoa Araújo foi indiciado, no fim do ano passado, por homicídio qualificado pelo feminicídio, pelo Núcleo Policial Investigativo de Feminicídio, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Já o Ministério Público do Estado do Piauí ofereceu denúncia em janeiro deste ano.  

"Compete ao Conselho de Sentença analisar e decidir se o acusado praticou ou não o delito cuja autoria lhe é atribuída, e, se incidem ou não, as qualificadoras, do motivo fútil, do emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e se o crime foi praticado contra a vítima mulher por razões da condição de sexo feminino, mediante violência doméstica", disse a magistrada na pronúncia. 

Na denúncia do MP, consta que vítima e acusado mantinham um relacionamento extraconjugal há quatro anos. 

"O acusado, contudo, não aceitava o término do relacionamento, chegando a proferir insistentemente diversas ameaças de morte contra a vítima, bem como a agredi-la fisicamente", consta na decisão.

Foto: Catarina Malheiros/ Cidadeverde.com 

"Lara tinha ido até a delegacia, fazer um boletim de ocorrência sobre uma pessoa que tinha tentado lhe matar, o qual tinha ido até o local em que ela estava, e efetuado disparos de arma de fogo contra sua pessoa", cita a decisão. 

A defesa ainda pode recorrer ao Tribunal de Justiça (segundo grau) solicitando a modificação da decisão. Após o período de recurso, caso não haja ou não seja deferido o pedido de revisão, as partes serão intimadas a apresentarem testemunhas e será marcada a data do Júri Popular.

Graciane Sousa
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